Fazenda projeta PIB de 2,5% e inflação de 4,85% em 2023
Estimativa anterior do Ministério projetava crescimento econômico de 1,9% neste ano
A Secretaria de Políticas Econômicas do Ministério da Fazenda (SPE) prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá 2,5% em 2023, segundo os dados do boletim macrofiscal divulgado pela pasta nesta quarta-feira (19).
A projeção apresenta um aumento de 0,6 ponto percentual em relação à última previsão da SPE, feita em maio deste ano, que já apontava crescimento econômico de 1,9% neste ano.
As expectativas de crescimento do PIB por parte da SPE diferem das projeções do mercado financeiro e do Banco Central. Segundo o último boletim Focus, divulgado na segunda-feira (17), o mercado espera um PIB de 2,24% em 2023, enquanto o BC prevê um PIB de 2% neste ano, segundo o relatório de inflação divulgado em junho deste ano.
No documento da fazenda, os técnicos apontam que “a revisão no crescimento foi motivada, sobretudo, pelo resultado do PIB no primeiro trimestre deste ano, melhor do que o esperado para o setor agropecuário e para alguns subsetores de Serviços e Indústria, e ainda pela expectativa de menores juros até o final do ano, em função da desaceleração nas projeções de inflação”.
Para 2024, a projeção de crescimento econômico foi mantida pelos técnicos da Fazenda, e deve ser de 2,3%.
Já as projeções de inflação foram ajustadas para baixo, e segundo a SPE, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 2023 deve ser de 4,85%. Na última projeção do Macrofiscal, a expectativa de inflação para este ano era de 5,58%.
De acordo com a SPE, “a expectativa de inflação foi revisada para baixo repercutindo as surpresas positivas com a divulgação do IPCA de abril e maio; o reajuste autorizado para plano de saúde levemente inferior ao projetado; a redução nos preços da gasolina, diesel e gás de botijão nas refinarias; e revisões nas tarifas de energia elétrica residencial e ônibus urbano”.
Em 2024, a projeção de inflação também foi ajustada para baixo, chegando a 3,3%, frente aos 3,63% previstos pelo boletim Macrofiscal publicado em maio de 2023.
