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    Defesa de empresários tem acesso à representação de Alexandre de Moraes

    Advogado diz que há "equívoco" na acusação feita a seus clientes; caso envolvendo o ministro ocorreu na sexta-feira (14)

    Caio Junqueira , São Paulo

    A defesa dos empresários acusados de agredir o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes obteve, no início da noite desta segunda-feira (17), acesso aos autos da investigação.

    “Nós tivemos acesso a toda a investigação e, em especial, à representação do ministro”, disse à CNN o advogado Ralph Tórtima.

    Ele destacou que, a partir de uma primeira análise no material, foi possível verificar que há um “equívoco” na acusação feita a seus clientes. “O que nos chama a atenção, fica muito claro que está havendo, muito provavelmente, um equívoco”, afirmou.

    A CNN procurou o gabinete do ministro Alexandre de Moraes para comentar o posicionamento da defesa dos empresários, mas ainda não obteve retorno.

    Segundo o advogado, seus clientes não foram vistos pelo ministro no local apontado como onde ocorreu a origem do entrevero. “Eles não tiveram a visualização do ministro neste local”, declarou.

    Ele disse ainda à CNN que, na terça-feira (18), às 9h, três dos seus clientes supostamente envolvidos no episódio prestarão depoimento à Polícia Federal (PF) em Piracicaba.

    Entenda o caso

    Alexandre de Moraes foi alvo de xingamentos na última sexta-feira (14) no aeroporto internacional de Roma, na Itália. O magistrado estava acompanhado da família. Um dos envolvidos teria agredido fisicamente o filho do ministro.

    Os insultos começaram quando o ministro teria sido confrontado por um grupo de brasileiros por volta das 18h45, no horário local, segundo fontes da PF.

    Uma mulher teria hostilizado Moraes chamando-o de “bandido, comunista e comprado”. Um homem deu coro aos insultos e, logo depois, chegou a agredir fisicamente o filho do ministro. Um segundo homem juntou-se aos dois agressores, proferindo palavras ofensivas.

    Moraes retornava da Universidade de Siena, onde havia ministrado uma palestra no Fórum Internacional de Direito.

    Os três envolvidos serão investigados em inquérito por crimes contra honra e ameaça.

    Segundo o advogado Ralph Tórtima, eles voltavam de uma viagem familiar e estavam no aeroporto de Roma procurando uma sala VIP no local.

    Neste momento, Roberto teria avistado Moraes entrando nessa sala. De acordo com o advogado, a partir de relatos prestados pelos suspeitos, o magistrado era seguido por pessoas que o hostilizavam.

    A mulher, identificada como Andreia, teria, então, se envolvido em uma discussão com o grupo que acompanhava o ministro.

    O bate-boca teria se intensificado a partir da participação de outras pessoas que passaram a defender Moraes. “Eles negam qualquer ofensa direcionada a Alexandre de Moraes”, declarou o advogado.

    Em depoimento à Polícia Federal no domingo (16), um dos homens, Alex Zanatta Bignotto, negou ter hostilizado Moraes ou agredido fisicamente o filho do magistrado.

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