Caso Moraes: PF pede acesso às imagens de suposta agressão às autoridades italianas
Diretor-geral da corporação destacou que gravações serão "cruciais" para entender o que aconteceu
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou a Tainá Falcão, analista de Política da CNN, que a corporação pediu às autoridades italianas acesso às imagens da suposta agressão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ocorridas no aeroporto internacional de Roma, na sexta-feira (14).
Ainda segundo Rodrigues, também foram solicitados outros pedidos de cooperação, para que a PF tenha acesso a qualquer informação extra necessária a partir das gravações, que devem chegar ao Brasil nos próximos dias.
O pedido foi feito pela Diretoria de Cooperação Internacional, por intermédio da adidância da Polícia Federal em Roma. Além disso, por meio da Secretaria Nacional de Justiça também foi solicitada cooperação das autoridades italianas.
O diretor pontuou ainda a Tainá Falcão que as imagens são cruciais para entender o que realmente aconteceu no caso. Ainda no domingo (16), a corporação pediu a preservação das gravações.
Entenda o caso
Alexandre de Moraes foi alvo de xingamentos na sexta-feira (14) no aeroporto internacional de Roma. O magistrado estava acompanhado da família. Um dos envolvidos teria agredido fisicamente o filho do ministro.
Os insultos começaram quando o magistrado teria sido confrontado por um grupo de brasileiros por volta das 18h45 no horário local, segundo fontes da PF.
Uma mulher teria hostilizado Moraes, chamando-o de “bandido, comunista e comprado”. Outro deu coro aos insultos e, logo depois, chegou a agredir fisicamente o filho do ministro. O terceiro homem juntou-se aos dois agressores, proferindo palavras ofensivas.
Moraes retornava da Universidade de Siena, onde havia ministrado uma palestra no Fórum Internacional de Direito. Os três envolvidos serão investigados em inquérito por crimes contra honra e ameaça.
Segundo Ralph Tórtima, eles voltavam de uma viagem familiar e estavam no aeroporto de Roma procurando uma sala VIP no local.
Neste momento, Roberto teria avistado Moraes entrando nessa sala. De acordo com o advogado, a partir de relatos prestados pelos suspeitos, o magistrado era seguido por pessoas que o hostilizavam.
Andreia teria então se envolvido em uma discussão com o grupo que acompanhava o ministro. O bate-boca teria se intensificado a partir da participação de outras pessoas que passaram a defender Moraes.
“Eles negam qualquer ofensa direcionada a Alexandre de Moraes”, declarou o advogado.
Em depoimento à Polícia Federal no domingo (16), Alex Zanatta Bignotto negou ter hostilizado Moraes ou agredido fisicamente o filho do magistrado.