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    Expulsões por cera e treta com Cássio: conheça o gandula que roubou a cena em São Paulo x Palmeiras

    João Batista Dias Vieira viralizou no Choque-Rei da Copa do Brasil: "Não consegui trabalhar hoje"

    Beatriz Consolinda CNN

    O gol de Rafinha no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil entre São Paulo e Palmeiras foi um golaço. Mas um outro grande personagem da partida estava fora das quatro linhas: João Batista Dias Vieira roubou a cena na vitória Tricolor.

    O gandula viralizou nas redes sociais por conta de dois momentos inusitados. “No primeiro lance, fui chutar a bola com pressa e tinha outra em campo. O São Paulo estava jogando, fui tirar a outra bola e acabei errando o chute. Aconteceu naturalmente”, explicou.

    Já no segundo momento, a situação foi calculada para não prejudicar o Tricolor. “A bola bateu e voltou. Eu pensei: ‘vou fazer estilo Rogério Ceni, cair e espalmar a bola para fora, para ela não entrar em campo e o jogo não parar, porque o São Paulo estava no ataque”, explicou.

    O dia seguinte ao clássico foi agitado:

    Não consegui trabalhar hoje. Todo mundo do São Paulo conversando, perguntando

    João Batista Dias Vieira, gandula do Morumbi

    Expulsões por cera e discussão com Cássio

    A noite de ontem foi só mais uma das vezes em que o gandula se destacou em um jogo. O histórico profissional de João conta com duas expulsões por “cera” e uma discussão com o goleiro Cássio, com direito a intervenção de Luciano para defendê-lo.

    Já fui duas vezes expulso por cera, contra o Cuiabá e outra vez contra o Ceará, pela Copa do Brasil. Porque o São Paulo estava ganhando

    João Batista Vieira Dias, gandula do Morumbi

    Não faltou jogador rival incomodado. “Mais recente, foi contra o Corinthians, ano passado. Calleri fez um gol relâmpago. Quase acabando o jogo, Corinthians querendo empatar, Cássio foi bater o tiro de meta rápido, e eu chutei a bola pra atrasar o jogo. Ele ficou bravo”, contou.

    “Árbitro me xingou”

    A estratégia de João foi certeira: “O jogo ficou parado uns 3 minutos. Árbitro me xingou, jogadores do Corinthians reclamaram. Eu fico quieto, não posso xingar. Luciano reclamou com eles: ‘deixa o gandula quieto’. Esfriou o jogo”.

    João explica o direcionamento certo para o desempenho em campo: “A atitude tem que ser conforme o andamento da partida. Se está aquela pressão, tem que esfriar o jogo de alguma forma”.

    “Amo demais, é adrenalina total, tem que ficar concentrado. Se errar, dá um grande problema, tem que ter atenção”, completou.

    Jardinagem e a relação com o São Paulo

    João é de Ibiúna, interior do estado de São Paulo, tem 44 anos e quatro filhos, todos são-paulinos. Chegou à capital em 2007 para trabalhar com jardinagem. Dez anos depois, começou a trabalhar no clube do coração e permanece lá até hoje.

    “Comecei trabalhando nos portões, eu era meio ‘faz tudo’ e ia cobrindo buraco dos gandulas quando faltavam. É difícil ser gandula, todo mundo quer ser. Hoje também cuido da jardinagem do clube”, explicou.

    João é apaixonado pelo São Paulo e tem amizade com Luciano, Calleri e Jandrei. Miguel, o filho mais novo, conheceu o presidente Julio Casares e já entrou em campo com os jogadores. A primeira vez do caçula no Morumbi foi aos 8 meses de idade. A fase do Tricolor, porém, é a única parte que não agrada.

    “Torço para o São Paulo desde 1989 e é a primeira vez que vejo a equipe passar dificuldade em campo. A gente fica triste, é um clube grande, não é só futebol, são muitos funcionários. A empresa crescendo, eu cresço junto. Mas as gente vai lutar contra tudo e contra todos”, finalizou.

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