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    Palmeiras informa que não fará coletiva no Morumbi e Leila justifica; veja o que ela falou

    "Em virtude da nota tão pesada que a CBF emitiu, achei melhor blindar nosso elenco e comissão técnica"

    Mateus Pinheiroda Itatiaia

    O Palmeiras não falará com a imprensa nesta quarta-feira (5), após clássico contra o São Paulo pelas quartas de final da Copa do Brasil. A presidente Leila Pereira defendeu, em entrevista na zona mista do Morumbi, o auxiliar técnico João Martins, que hoje comanda a equipe com Abel Ferreira suspenso (veja no vídeo acima).

    Desde o último domingo, Verdão e CBF travam guerra após decisão de arbitragem.

    Nossos atletas não vão falar, o João não vai falar. Isto não é retaliação com a imprensa, de maneira alguma. Tenho profundo respeito pelo trabalho de cada um de vocês, sou jornalista como vocês, mas neste momento, em virtude da nota tão pesada que a CBF emitiu pelas declarações do João, achei melhor blindar nosso elenco e comissão técnica

    Leila Pereira, presidente do Palmeiras

    O Palmeiras chega para o confronto contra o São Paulo após eliminação em 2022 para o Tricolor com erro de arbitragem contra, admitido pela CBF. Na ocasião, o VAR não traçou linha de impedimento do atacante Calleri, em lance que resultou em pênalti para o rival.

    “Nesses momentos, a presidente tem que se manifestar, tentei de outras formas resolver esse problema grave com a arbitragem, não é a primeira vez que o Palmeiras é prejudicado, ano passado nós fomos retirados da Copa do Brasil por um erro assumido da arbitragem contra o Palmeiras. Tivemos um prejuízo financeiro, esportivo e até psicológico porque a gente trabalha muito, eu trabalho muito e nossos atletas”, declarou a mandatária.

    Trabalho de bastidor

    “Boa parte da imprensa séria e outras também ficam cobrando que o Palmeiras não faz trabalho de bastidor, mas é um trabalho sigiloso. Quem diz que o Palmeiras não faz trabalho de bastidor? O Palmeiras faz, sim, trabalho de bastidor”, garantiu Leila.

    A presidente do Palmeiras seguiu dizendo que “é recebida em todos os jogos”. “O Palmeiras é um clube que tem muita credibilidade, a presidente também e somos recebidos bem em todos os lugares. O Palmeiras tem um problema não com a CBF, mas com a comissão de arbitragem, que tem prejudicado demais nosso clube”, finalizou Leila.

    São Paulo e Palmeiras se enfrentam nesta quarta-feira (5), às 19h30 (de Brasília), no estádio do Morumbi.

    Entenda o caso

    João Martins disparou contra a arbitragem e a CBF no último domingo (2), em entrevista coletiva após empate por 2 a 2 com o Athletico-PR, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, na Arena da Baixada, em Curitiba. Ele substituiu Abel Ferreira à beira do campo, após o treinador ter sido suspenso por tomar o celular de um jornalista na zona mista.

    “É mau para o sistema o Palmeiras ganhar (o Brasileirão) dois anos seguidos”, teria dito o auxiliar.

    Em resposta, a CBF acusou o profissional de xenofobia e disse que irá levar o caso até o Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O Palmeiras, por meio de nota, rebateu as críticas da entidade.

    O rosto de João já é conhecido pela torcida palmeirense e até pelos rivais. No Brasil desde 2020, o português de 35 anos chegou junto com a comissão técnica de Abel Ferreira ao Palmeiras.

    Além dele, outros três nomes integram o grupo: Carlos Martinho, Tiago Costa e Vitor Castanheira. João Martins já está ao lado do treinador há 11 anos, desde as categorias de base do Sporting. Quando Abel treinava o Paok, da Grécia, o auxiliar também esteve ao seu lado.

    Antes de assumir o cargo na comissão técnica de Abel, atuou como meio-campista no futebol português, em clubes como Sporting, Gil Vicente e Vizela. Ele tem a licença B de treinador da Uefa.

    Instrutor fitness

    Instrutor fitness, o profissional é responsável por fazer a ligação entre a comissão técnica, jogadores e departamento médico do clube. Por causa dessa relação com tantos núcleos, ele é o substituto imediato do treinador quando ele não pode estar à frente da equipe nos jogos, geralmente por suspensão.

    Desde 2020, já comandou a equipe em 21 oportunidades — contando a partida de domingo, contra o Athletico-PR.

    “Pela saúde mental da comissão técnica, ainda bem que sou eu hoje aqui. Nós entendemos que o futebol brasileiro passa uma imagem do futebol mais competitivo do mundo porque ganham vários. Mas ganham vários porque muitas vezes não deixam os melhores ganhar. Mais uma vez o que aconteceu hoje. Entendemos que é ruim para o sistema o Palmeiras ganhar dois anos seguidos”, disse Martins após empate com o Athletico-PR.

    Através de nota oficial, a CBF afirmou que “o ato lamentável foi muito além das reclamações semanais da arbitragem” e acusou João Martins de xenofobia, alegando que ele diminuiu a relevância e importância do torneio nacional no continente europeu.

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