Ex-atriz de “Smallville”, Allison Mack, acusada de integrar seita, é libertada da prisão
Ela foi acusada de ser uma das lideranças de grupo que fazia mulheres de escravas sexuais
Allison Mack, a ex-atriz de “Smallville” e membro de alto escalão do grupo cult Nxivm, que foi condenada a três anos de prisão em 2021, foi libertada na segunda-feira (3), informou o Federal Bureau of Prisons em registros online.
Mack foi presa em 2018 junto com vários outros líderes do Nxivm, incluindo Keith Raniere, que foi condenado por acusações de extorsão. Raniere, o fundador do Nxivm, foi condenado a 120 anos de prisão em 2020.
A ex-atriz se declarou culpada de extorsão e acusações de conspiração de extorsão um mês antes do início do julgamento de Raniere em 2019. O juiz distrital dos Estados Unidos, Nicholas Garaufis, anteriormente chamou Mack de “uma cúmplice essencial” e uma “aliada voluntária e proativa” de Raniere.
“Não duvido que você tenha sido manipulada e também se sentiu cativa”, disse o juiz.
A Nxivm, uma empresa com sede em Albany, Nova York, promoveu “aulas” de auto-ajuda.
Mas os promotores disseram que dentro da organização foi criado um grupo secreto apenas para mulheres que acabou levando algumas a serem marcadas com as iniciais de Raniere e Mack e a serem coagidas a fornecer informações comprometedoras, incluindo fotos nuas, aos líderes do grupo regularmente.
O grupo, conhecido como DOS, envolvia várias mulheres chamadas de “mestres de primeira linha”, que se reportavam diretamente a Raniere e recrutavam outras mulheres como suas escravas, de acordo com o testemunho do julgamento.
Sem o conhecimento de muitas das mulheres, Raniere era o chefe do grupo e, às vezes, as mulheres eram instruídas a fazer sexo com ele e enviar-lhe fotos nuas. Na carta de desculpas apresentada antes de sua sentença, Mack escreveu que não assume levianamente a responsabilidade que tem pelas vidas que impactou negativamente.
“Eu menti para vocês, de novo e de novo, a fim de proteger a ilusão em que eu estava tão profundamente empenhada em acreditar”, escreveu ela.
