João Martins, do Palmeiras, pode ser punido após críticas à CBF; veja como
Português pode ser enquadrado no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, por "conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva"
João Martins, auxiliar técnico do Palmeiras, corre o risco de ficar até seis jogos suspenso. O português pode ser enquadrado no artigo 258 do CBJD, o Código Brasileiro de Justiça Desportiva por ter dito que “é ruim para o sistema o Palmeiras ganhar [o Brasileirão] dois anos seguidos” e que “na Europa, não veem jogos do Brasileiro, porque parece mais teatro do que futebol”.
A possibilidade de punição ao auxiliar do Palmeiras depende da decisão dos auditores. O que está claro é: caso denunciado, João Martins deve ser enquadrado por “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste código”.
A pena aplicada pode variar de um a seis jogos de suspensão. Não há previsão de multa pela possível infração cometida.
Entenda o caso
Substituto do suspenso Abel Ferreira no banco do Palmeiras contra o Athletico, João Martins deu uma coletiva de imprensa bastante exaltado e sugeriu que os árbitros estão cometendo erros propositais para prejudicar o time paulista na competição.
“Nós entendemos que o futebol brasileiro passa uma imagem de que é o mais competitivo do mundo porque ganham vários (times diferentes). Mas ganham vários porque, muitas vezes, não deixam os melhores ganhar. Foi mais uma vez o que se passou hoje (domingo). Nós entendemos que é ruim para o sistema o Palmeiras ganhar dois anos seguidos”, declarou.
O auxiliar fez diversos ataques ao futebol brasileiro em meio a críticas ao desempenho do árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima. “Não vale a pena amanhã ter o presidente mostrando imagens e frames para justificar incompetências e erros grosseiros”, disse.
“Por isso que na Europa não veem jogos no Brasil. Porque muitas vezes parece mais teatro que futebol. Depois, um pênalti muito bem marcado porque ele não viu, deve estar cansado, falta preparação física”, disse.
O português ainda completou: “Há pouca credibilidade lá fora. Não é por falta de qualidade dos jogadores, mas por falta de transparência. Podem continuar a nos expulsar, mas vamos lutar até a última gota de suor pelo bem do futebol e do Palmeiras.”
A entrevista coletiva acabou sendo interrompida pelo diretor de futebol do Palmeiras, Anderson Barros.