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    Ibovespa fecha com queda de 0,50% com bolsas fechadas nos EUA e agenda do Congresso no radar; dólar vai a R$ 4,83

    Semana conta com importantes pautas econômicas no Senado e Câmara; entraves na reforma tributária acendem alerta

    *Da CNNda CNN , São Paulo

    O Ibovespa reagiu nas últimas horas do pregão, mas encerrou em queda nesta terça-feira (4), em uma sessão de juros altos em toda a curva e de baixa liquidez pelo fechamento das bolsas em Wall Street com o feriado do Dia da Independência dos Estados Unidos.

    Na pauta local, investidores acompanham a aprovação dos indicados do governo ao Banco Central (BC) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Os nomes devem ser votados em plenário ainda nesta tarde.

    O mercado também acompanha a bateria de pautas econômicas que devem ser votadas no Congresso nessa semana, com destaque para a resistência de governadores e prefeitos com a reforma tributária.

    O principal índice da bolsa brasileira fechou com queda de 0,50%, aos 119.076 pontos.

    O dólar opera em direção contrária e volta a ganhar força ante o real. A moeda norte-americana subiu 0,69%, negociada a R$ 4,839.

    Desempenho do pregão

    A alta do pregão foi puxado pela disparada de 9,94% das ações do Pão de Açúcar (PCAR3) após a divulgação de que o bilionário Jaime Gilinsky está no Brasil. A informação foi dada por Lauro Jardim, do jornal O Globo.

    Na semana passada, o colombiano havia ofertado US$ 836 bilhões – cerca de R$ 4 bilhões – para assumir o controle no Éxito, mas a proposta foi negada pelo grupo.

    Na sequência, MRV (MRVE3) subiu 9,69% após dados operacionais do segundo trimestre e anúncio de que estuda uma potencial oferta de ações.

    As empresas com maior peso no mercado tiveram desempenho misto. A Vale (VALE3) caiu 0,50%, refletindo a perda de 0,06% do minério de ferro em Dalian, a US$ 131,91 a tonelada.

    Já a Petrobras teve um dia de ganhos com a alta de 1,6% do petróleo Brent, a US$ 76,35 o barril.

    Os papéis preferenciais (PETR4) subiram 0,24%, enquanto os ordinários (PETR3) subiram 0,23%

    Agenda do Congresso no radar

    A primeira semana do novo semestre está carregada de pautas econômicas na Câmara dos Deputados e no Senado.

    Nesta terça, os senadores ainda devem votar a indicação de Gabriel Galípolo e Ailton Aquino para as diretorias do BC.

    Galípolo foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda (“número 2” da pasta) durante os primeiros meses do ano e é indicado para a Diretoria de Política Monetária. Aquino, servidor de carreira do BC desde 1998, pleiteia a Diretoria de Fiscalização.

    Também estava prevista para esta terça a votação no Senado dos decretos aprovado pelo governo federal no Marco Legal do Saneamento, já aprovado pela Câmara.

    A agenda, porém, foi adiada para quarta-feira (5) pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

    Ainda para hoje era esperada a votação na Câmara do projeto de lei (PL) que altera as regras do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), mas pode ficar para amanhã devido às negociações do texto.

    O relator do projeto, deputado Beto Pereira (PSDB-MS), divulgou seu relatório no início da noite de segunda-feira (3).

    Também está prevista para esta semana a nova votação do marco fiscal pela Câmara dos Deputados. O texto já havia passado pela Casa, mas foi alterado durante as tramitações no Senado e deve passar por nova chancela.

    Em entrevista à CNN nesta terça, o ministro das Relações das Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o texto do novo marco fiscal “está bastante equilibrado” e que “o mais importante é garantir a votação nesta semana”.

    Entrave na reforma tributária

    Após meses de debates, a votação da reforma tributária está prevista para esta semana na Câmara dos Deputados.

    O texto do relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), porém, enfrenta forte resistência de governadores, prefeitos e representantes de entidades de classe, levando o governo à sugerir mudanças para garantir a aprovação.

    O principal argumento é de possíveis perdas e distorções que a medida traga para as contas públicas e setores da econômica.

    Há também forte debate sobre os impactos da medida sobre os produtos da cesta básica. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), há risco de aumento médio de 60% dos preços caso a medida seja aprovada. O governo nega o encarecimento.

    Nesta segunda (3), o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) afirmou que está disposto a fazer alterações no projeto para garantir que a aprovação ocorra ainda nesta semana.

    Indústria cresce em maio e montadoras vendem mais em junho

    Na pauta do dia, a produção industrial do país, que cresceu 0,3% na passagem de abril para maio, voltando ao campo positivo após o recuo de 0,6% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Já a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) informou hoje que a venda de carros, caminhões e ônibus cresceram 7,39% em junho na comparação com o mês de maio, somando 189.528 unidades.

    O resultado ocorre durante os esforços do governo federal em estimular o setor com o programa de subsídio à montadoras que dá desconto de até R$ 8 mil para pessoas físicas adquirirem um veículo.

    *Com informações de Reuters

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