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    Bolsonaro diz que negou pedido de Zelensky para participar de embargo à Rússia

    Em entrevista à Rádio Itatiaia, ex-presidente detalhou conversa telefônica que teve com líder ucraniano em julho do ano passado

    Da CNN

    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deu detalhes, nesta quinta-feira (30), de uma conversa telefônica que teve com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em julho do ano passado.

    Ele afirma que se justificou para negar a entrada do Brasil no embargo promovido pelo Ocidente contra a Rússia por causa da guerra.

    Em entrevista à Rádio Itatiaia nesta sexta-feira (30), Bolsonaro disse que, cobrado por sanções contra os russos, questionou Zelensky sobre como ficaria a questão dos fertilizantes – insumo agrícola que o Brasil importa da Rússia.

    “Vai faltar comida para nós e para o mundo. Se hoje eu aderir ao boicote e resolver [a guerra], tudo bem. Vai resolver? Não vai resolver. Lamento a situação. Eu não posso, em uma guerra longe do Brasil, trazer fome, desgraça para o povo brasileiro”, afirmou.

    Apesar da ligação entre Bolsonaro e Zelensky ter sido divulgada em julho do ano passado, o então presidente brasileiro não deu detalhes da conversa, dizendo que o conteúdo não poderia vazar: “É segredo de Estado.”

    No entanto, após o encontro virtual, o líder ucraniano foi às redes sociais e fez um curto comunicado sobre o diálogo.

    “Eu o informei sobre a situação no front. Discutimos a importância de retomar as exportações de grãos ucranianos para evitar uma crise alimentar global provocada pela Rússia”, publicou Zelensky no Twitter.

    O líder ucraniano também reforçou seu pedido recorrente de que os países apliquem sanções contra os russos.

    “Peço a todos os parceiros que se juntem às sanções contra o agressor”, concluiu o tweet de Zelensky.

    Bolsonaro também chegou a se reunir com o presidente russo Vladimir Putin uma semana antes do início da guerra, em fevereiro de 2022.

    Na ocasião, Bolsonaro demonstrou  afirmou que o Brasil era “solidário à Rússia” e que ambos países tinham “muito no que colaborar”, citando temas de defesa, agricultura e petróleo e gás.

    Naquele momento, a Rússia já estava em crise com a Ucrânia e os países-membros da Otan diante de um tensionamento com o acúmulo de tropas russas na região da fronteira ucraniana.

    Publicado por Léo Lopes, com informações de Gabriele Koga, da CNN

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