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    Bolsonaro continuará a ser líder mais popular da oposição, diz chefe do Eurasia à CNN

    Para Ian Bremmer, julgamento do ex-presidente brasileiro no TSE "não está recebendo muita atenção" no exterior

    Mathias Broteroda CNN , Em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (29), Ian Bremmer, presidente e fundador do Eurasia Group, avaliou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continuará sendo o líder mais popular da oposição ao atual governo.

    “Não só será a pessoa que será essencialmente ungida e que poderá concorrer contra Lula nas próximas eleições presidenciais, mas também que estará a impulsionar um maior sentimento de queixa e o potencial para um maior descontentamento social nas ruas do Brasil”, colocou Bremmer, que comanda uma das maiores consultorias de risco do mundo.

    Bolsonaro está sendo julgado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela reunião com embaixadores em 2022, na qual colocou em dúvida o sistema eleitoral brasileiro.

    Bremmer pontuou à CNN que “o caso de Bolsonaro não está recebendo muita atenção” no exterior, mas supõe que ele será “proibido de participar nas próximas eleições presidenciais”.

    Caso Bolsonaro seja condenado no TSE, ele pode ficar inelegível por oito anos.

    8 de janeiro e Lula

    O presidente e fundador do Eurasia Group foi enfático ao dizer que os ataques criminosos de 8 de janeiro contra as sedes dos Três Poderes afetaram a credibilidade do Brasil.

    “Foi visto de uma forma muito semelhante ao 6 de janeiro [de 2021] nos Estados Unidos, mostrou a fraqueza da democracia, mostrou que as eleições no Brasil foram vistas como ilegítimas por grande parte da população, houve violência envolvida e, claro, tudo isso foi profundamente negativo para o Brasil”, destacou.

    Ainda assim, Bremmer ponderou que “uma semana depois, um mês depois, Lula foi capaz de tomar o poder, capaz de governar como um presidente normal faz, e, como Bolsonaro estava fazendo, as pessoas não estão prestando atenção [no julgamento de Bolsonaro]”.

    *Publicado por Tiago Tortella, com informações de Manoela Carlucci, da CNN

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