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    Trump processa escritora por difamação após júri concluir que ele a abusou sexualmente

    Defesa do ex-presidente alega que Carroll o difamou quando ela apareceu na CNN na manhã depois que o júri concedeu a ela US$ 5 milhões em danos

    Kara Scannellda CNN

    Donald Trump processou a jornalista e escritora americana E. Jean Carroll por difamação depois que um júri concluiu, no início de maio, que ele abusou sexualmente da ex-colunista de revista e a difamou.

    Os advogados de Trump apresentaram, na noite desta terça-feira (27), uma reconvenção – instrumento jurídico no qual um réu, além de se defender, propõe no mesmo processo uma ação contra o autor.

    A defesa alega que Carroll o difamou quando ela apareceu na CNN na manhã depois que o júri concedeu a ela US$ 5 milhões em danos. Carroll foi questionada sobre o veredicto que concluiu que Trump abusou sexualmente de Carroll, mas não a estuprou, como ela alegou. Carroll disse: “Oh, sim, ele fez.”

    Carroll havia acusado Donald Trump de a estuprar na loja de departamentos Bergdorf Goodman na primavera de 1996, e depois a difamou ao negar sua alegação, dizendo que ela não era o tipo dele e sugerindo que ela inventou a história para aumentar as vendas de seu livro.

    Escritora E. Jean Carroll falou sobre o veredicto em entrevista à CNN / This Morning/CNN/Reprodução

    Em resposta à nova acusação, a advogada de Carroll, Roberta Kaplan, disse em um comunicado: “Donald Trump novamente argumenta, contrariando a lógica e os fatos, que ele foi exonerado por um júri que concluiu que ele abusou sexualmente de E. Jean Carroll”.

    Ela acrescentou: “O processo de Trump nada mais é do que seu último esforço para atrasar a responsabilidade pelo que um júri já considerou ser sua difamação de E. Jean Carroll. Mas quer ele goste ou não, essa responsabilidade está chegando muito em breve.”

    A reconvenção é a mais recente manobra legal em uma batalha judicial de vários anos entre Trump e Carroll.

    Carroll processou Trump por difamação pela primeira vez em 2019, depois que ele negou sua alegação de que a estuprou em meados da década de 1990. Trump disse que não conhecia Carroll e que ela não era o tipo dele.

    Ela o processou novamente no ano passado sob uma lei de Nova York que permitia uma janela para processos civis para sobreviventes de agressão sexual, independentemente de quando ocorreram. Trump movimentou-se para um novo julgamento.

    O processo de difamação de 2019 está programado para ir a julgamento no próximo ano, embora ainda haja várias questões legais pendentes.

    Carroll está buscando mais de US$ 10 milhões em danos nesse caso, em parte porque Trump repetiu declarações – nas redes sociais e em uma sabatina na CNN – que o júri considerou difamatórias após o veredicto.

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