Lukashenko diz que alertou Prigozhin que forças do Grupo Wagner seriam “esmagadas como um inseto” se marchassem para Moscou
Temor do presidente de Belarus era que após a chegada do grupo de mercenários a Moscou, conflito fugisse de controle e ultrapassasse as fronteiras russas
O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, disse que alertou o chefe de Wagner, Yevgeny Prigozhin, de que suas forças seriam destruídas se continuassem sua marcha para a capital russa.
“No meio do caminho, você será esmagado como um inseto”, lembra Lukashenko, dizendo a Prigozhin durante uma ligação no sábado (24), de acordo com a mídia estatal de Belarus.
Lukashenko disse que Prigozhin disse a ele: “Queremos justiça! Eles querem nos estrangular! Iremos para Moscou!”
“Por muito tempo, tentei convencê-lo. E no final disse: ‘Sabe, você pode fazer o que quiser. Mas não se ofenda comigo. Nossa brigada está pronta para ser transferida para Moscou’ ele disse.”
Lukashenko disse que disse a Prigozhin que “esta situação não diz respeito apenas à Rússia. Não é apenas porque esta é nossa pátria e porque, Deus me livre, essa turbulência se espalharia por toda a Rússia e os pré-requisitos para isso eram colossais, nós éramos os próximos.”
Lukashenko nega a construção de acampamentos para as forças de Wagner: O presidente disse que Belarus não está construindo acampamentos em seu território para as forças mercenárias Wagner, após a rebelião de sábado.
“Ainda não estamos construindo acampamentos. Mas, se eles quiserem, vamos acomodá-los. Montem barracas, por favor. Mas, por enquanto, eles estão em Luhansk em seus acampamentos”, disse o presidente de Belarus em um discurso na terça-feira (27).
Ele disse que Wagner recebeu algumas terras abandonadas dentro da Belarus, caso precisassem.