Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Lula culpa “cidadão no Banco Central” por juros do Plano Safra: “Poderia ser mais barato”

    Presidente não citou diretamente nome do presidente do BC, Roberto Campos Neto

    Da CNN* , em São Paulo

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, embora sem citá-lo nominalmente, pelos juros altos do Plano Safra.

    “O Plano Safra terá R$ 364 bilhões, a uma média, não sei o total, de 10% de juro ao ano. É caro, é muito caro. Esse juro poderia ser mais barato. Mas é que tem um cidadão no Banco Central, a gente não sabe quem colocou ele lá, que traz o juro básico em 13,75%”, declarou Lula no programa “Conversa com o Presidente”, transmissão ao vivo nas redes sociais promovida semanalmente pelo governo.

    Procurado pela CNN, o Banco Central disse que não comentará a fala do presidente Lula.

    Divulgado na manhã desta terça-feira (27), o Plano Safra 2023/24 terá financiamento de R$ 364,22 bilhões. Os juros para custeio e comercialização serão de 8% ao ano para produtores inscritos no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e de 12% ao ano para os demais.

    Para investimentos, as taxas de juros variam entre 7% e 12,5% ao ano, de acordo com o governo.

    O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse, no lançamento do programa, que o banco oferecerá R$ 12 bilhões com recursos próprios no Plano Safra 2023/24.

    Segundo ele, as taxas de juros do banco no Plano Safra que entrará em vigor em julho serão “extremamente competitivas”. “Banco público não pensa no curto prazo, pensa no Brasil. Banco público ajuda a trazer investimento privado para o setor público e levar financiamento público para o setor privado”, afirmou Mercadante.

    Ele disse que a gestão Lula tem despertado o interesse de instituições financeiras e agências internacionais, que querem fornecer crédito para o banco distribuir no mercado local.

    O presidente do BNDES também comentou que o banco hoje “está proibido” de emitir Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e que há um desejo de mudar essa situação. “Nos deem condição de emitir LCA que vamos colocar mais crédito na agricultura”, afirmou.

    Ele lembrou que o banco também ofereceu recursos adicionais ao longo da safra 2022/23, como os R$ 2,9 bilhões liberados em fevereiro e a linha em dólar.

     

    *Com informações de Estadão Conteúdo

    (Publicado por Ana Carolina Nunes)

    Tópicos