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    Formanda negra toma microfone de mulher branca e vídeo viraliza; “Não terminei de dizer meu nome ”

    Kadia Iman afirma que a funcionária apressou alunos negros enquanto deixava o restante falar sem restrições

    Rafael Farias Teixeiracolaboração para a CNN , São Paulo

    Uma formanda negra viralizou nas redes sociais ao aparecer tomando um microfone de uma administradora da faculdade para poder falar em uma cerimônia de formatura. Kadia Iman postou o vídeo em sua conta na quarta-feira (21) e nesta sexta (23) já havia alcançado 25 milhões de visualizações.

    “Eu quero o microfone! Solte! Você não me deixou ter o meu momento”, ela começa e recita seu nome completo. ”Estou me formando hoje. Eu não gosto de como você arrancou o microfone da minha mão, então hoje vai ser tudo sobre mim!”, ela discursa antes de jogar o microfone ao chão.

    https://www.tiktok.com/@kadiaimantv/video/7247288510737337643

    Segundo o site da revista “Newsweek”, o incidente ocorreu na quarta, no Queens College, City University of New York, mas a cerimônia era para a LaGuardia Community College. A publicação também entrou em contato com Kadia, mas até a publicação da matéria não recebeu retorno.

    Em um outro vídeo, postado depois do evento, Kadia afirma que todos os alunos tiveram oportunidade de dizer seus nomes, cursos e até outros detalhes quando estavam no palco, mas que ela e outros alunos negros não tiveram o mesmo privilégio.

    “Eu estava dizendo meu nome e ela literalmente [tirou o microfone de mim], meu nome é longo, embora eu não vá dizer meu nome [completo] aqui, mas nem consegui terminar de dizer meu nome”, Kadia conta.

    “As pessoas que vieram antes de mim e tudo mais, todos puderam dizer seus nomes, seus cursos e até coisas extras. Eu e outra garota notamos que ela estava baixando o microfone super rápido para algumas das pessoas negras.”

    https://www.tiktok.com/@kadiaimantv/video/7247228577928891694

    Kadia diz que não poderia deixar o episódio passar e que passou por muitos desafios para se formar. “Não sou uma pessoa problemática, não quero estragar o dia de ninguém, não quero violentar ninguém, mas foi o que ela fez. Nem me deixou terminar de falar, colocou o microfone para baixo e me interrompeu e essa foi a única chance que eu tive para falar. Eu apenas sinto que não estava certo.”

    Um representante da LaGuardia Community College disse à “Newsweek” que iria analisar o incidente para entender o que aconteceu. Para ele, a frustração aconteceu porque Kadia não pôde segurar o microfone enquanto falava seu nome.

    “Como um processo para manter a cerimônia em ordem, os alunos têm a oportunidade de dizer seu nome enquanto um voluntário segura o microfone”, disse o vice-presidente de comunicações e relações externas do LaGuardia, Manny Romero, para o site da “Newsweek”.

    “Nenhum dos alunos está autorizado a segurar o microfone para evitar qualquer atraso na procissão estudantil e na cerimônia. Estamos cientes de que esse tipo de comportamento violento demonstrado por essa aluna afetou a celebração de todos os formandos e participantes e não o toleramos.”

    Nas redes, Kadia recebeu apoio de um seguidor brasileiro e se pronunciou uma última vez / Reprodução / TikTok

    Nas redes sociais, pessoas se dividiram entre elogios e críticas à atitude de Kadia e muitos pediram novas atualizações e mais detalhes sobre o que aconteceu no momento. Entre os apoiadores, a cantora Erykah Badu, que publicou os vídeos nos seus stories. Um dos últimos stories postados por Kadia traz uma mensagem de apoio de um seguidor brasileiro. “O Brasil está com você”, ao que Kadia responde, “Viva o Brasil”.

    Com a repercussão do evento em diferentes veículos, Kadia voltou aos seus stories para comentar todas as informações divulgadas.

    “Mentir para quê? Se eu estivesse errada eu teria sido escoltada para fora. Se eu estivesse errada, por que dois professores ex-alunos vieram se desculpar por eu ter sido apressada. Essa é minha resposta final. Ela estava deixando as pessoas falarem tudo, até coisas extras e eu fui acelerada como disse. Eu disse que fiz o que fiz e eu defendo isso.”

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