“Emprego de menina preguiçosa”? Trend polêmica incentiva nas redes trabalho sem esforço
Os chamados "emprego de menina preguiçosa" atraem pelos bons salários e poucas tarefas
A hashtag #LazyGirlJob, uma tradução livre de “emprego de menina preguiçosa” já soma mais de 10,6 milhões de visualizações no TikTok. Ao pesquisar o termo, é possível encontrar diferentes postagens de mulheres sobre o tema, detalhando seu dia de trabalho.
“Tudo que preciso fazer é copiar e colar os mesmos e-mails, três reuniões, descansar, descansar mais e ter um bom salário”, escreve uma delas. Outra conta que já foi professora.
“Estou prosperando no meu emprego de menina preguiçosa depois de passar uma década caótica ensinando ciências no ensino fundamental”, comentou.
@grecthetech Lazy girl job ✨No dress code either #chilljob #officejoblife #logisticscoordinator
Os chamados “empregos de menina preguiçosa” são considerados aqueles com menos atribuições, mais liberdade de horários, ambiente com regras menos rígidas e um bom salário, segundo as influenciadoras. Elas dizem nos vídeos que cargos nas áreas de finanças, dados, marketing e logística são os mais “indicados” como oportunidades interessantes.
Gabrielle Judge, de 26 anos, já postou diversos conteúdos sobre o tema e está à frente do movimento “Girlboss antitrabalho”. No site criado por ela, a diz acreditar em trabalho duro, mas não no molde dos velhos tempos.
“As ‘Girlboss antitrabalho’ pensam em suas vidas, horas de trabalho e prioridades de acordo com suas necessidades”.
@gabrielle_judge Career advice for women who don’t know what remote job to apply to. You can bay your bills at not feel tired at the end of the day. Women are here to collect those pay checks and move on from the work day. We have so much more fun stuff happeneing in our 5-9 that is way more important than a boss that you hate. #corporatejobs #jobsearchhacks #remoteworking #antihustleculture #9to5
Em um de seus vídeos, Judge conta que sofreu de Síndrome de Burnout em seu antigo emprego. Após o esgotamento mental acarretado pelo trabalho, a jovem decidiu ter seu primeiro “emprego de menina preguiçosa”.
Atualmente, Gabrielle oferece cursos online a todas que desejam seguir o mesmo caminho. A mentora explicou em entrevista ao portal “Insider” que não pretende fazer com que todos parem de trabalhar, mas que é possível encontrar um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
“Quero que as pessoas entendam que elas merecem flexibilidade e trabalho remoto caso façam essa escolha”, disse.
Na contramão do surgimento de coachs de carreira, Judge diz não acreditar em planos de carreira tradicionais e diz focar principalmente na perspectiva do trabalhador.
“Quero que seja algo centrado nos funcionários porque é a vida deles”.