Avanços tecnológicos e práticas pioneiras garantem nosso espumante na celebração e na mesa de brasileiros e estrangeiros

A elaboração dos espumantes e vinhos no Brasil tem alcançado patamares de excelência e qualidade já reconhecidos por grandes premiações mundiais. Desbravando com responsabilidade e competência as distintas condições de clima, solo, altitude e relevo, nosso país reúne hoje um dos produtos que avança as fronteiras e leva nossas inovações, nossa cultura e sabores para países onde essa tradição é milenar.

De acordo com dados do portal Comex Stat e da ApexBrasil, as exportações brasileiras de espumantes e vinhos alcançaram US$ 13,6 milhões em 2022, segundo recorde consecutivo em receita do setor. Um crescimento de 10,56% em relação ao total de 2021, de US$ 12,3 milhões. O valor alcançado em 2021 já tinha sido 53% maior que o atingido em 2020.

São cerca de 1.200 vinícolas no Brasil, de acordo acordo União Brasileira De Vitivinicultura (UVIBRA), e mais da metade delas está concentrada no Rio Grande do Sul. São vinícolas de diferentes portes que buscam continuamente a excelência técnica para a construção de uma identidade singular para nossos diversos terroirs.

A qualidade do produto gaúcho tem sido impactada de forma muito positiva por ações sustentáveis, trazendo do campo à taça, um produto elaborado sob técnicas mais conscientes de manejo, gestão e cuidados com o entorno.

O universo do vinho está em constante evolução. Inúmeras linhas de pesquisa, ensaios técnicos e novas tecnologias contribuem para o progresso da vitivinicultura brasileira.

O setor tem implementado o conceito de viticultura 4.0 na elaboração de espumantes e vinhos usando a inteligência de dados e automatização de processos, partindo de uma cultura analógica para se tornar cada vez mais digital. Sem perder a criatividade e valorizando a experiência na elaboração dos produtos que já despontam em muitos mercados no exterior, as decisões estratégicas, em meio ao processo produtivo, passaram a ser fundamentadas também com base na ciência de dados.

O progresso responsável, incentivado pelas ações de sustentabilidade, traz benefícios inegáveis, como por exemplo a redução na utilização de defensivos agrícolas. No caso da Salton, reduzimos em 99% o uso de herbicidas em nossos vinhedos próprios.

Isso tudo graças a técnicas que valorizam a harmonia da viticultura com a natureza, por meio da preservação das características do bioma local. Além disso, o uso de estações meteorológicas, em redes locais, vem permitindo uma significativa redução no uso de fungicidas, que até pouco tempo eram utilizados preventivamente e até com regularidade. Com o apoio da tecnologia de monitoramento das condições climáticas, as aplicações se limitam apenas a situações estritamente necessárias.

No âmbito setorial, vislumbramos oportunidades crescentes de colaboração. As descobertas e inovações estão sendo amplamente compartilhadas para que a transferência de conhecimento se dê por toda a cadeia, desde o pequeno agricultor até às maiores vinícolas. Para avançarmos nesta nova fase da viticultura brasileira é imprescindível que o conceito de manejo responsável seja estendido em benefício de todos os players.

Visando gerar o menor impacto possível ao meio ambiente, as vinícolas passam por desafios que são essenciais para o desenvolvimento do setor. Otimizar os recursos naturais, preservar a biodiversidade, implementar boas práticas de uso da terra para favorecer a qualidade do produto final e investir em controles mais seguros e transparentes de governança e gestão dos negócios devem integrar a agenda de toda a cadeia.

O cultivo da uva exige trabalhos manuais com conhecimento especializado. Enfrentamos limitações de mão de obra no campo e ainda faltam máquinas que possam exercer essa função com precisão humana em muitos vinhedos.

Isso por conta do relevo acidentado e também do sistema de condução “latada” (em que as videiras são cultivadas em sentido horizontal), tradicional e predominante no Estado do Rio Grande do Sul. Algumas soluções para o desenvolvimento e evolução da viticultura já combinam o uso de tecnologia e produtos biológicos com técnicas de manejo modernas, cada vez mais conscientes, sempre com foco em uma atividade agrícola mais sustentável.

Para os próximos anos, as tendências tecnológicas na vitivinicultura envolvem o uso de sensores em plantas ampliando a percepção de suas condições fisiológicas, além de novas técnicas sustentáveis voltadas à biologia do solo e fixação de carbono. Na Salton, nossos espumantes e vinhos vêm se destacando devido à qualidade percebida e alcançada, muitas vezes, pelos avanços tecnológicos.

A integração de dados à tomada de decisões em meio ao processo produtivo, por meio de um banco de dados (BI) nos possibilita observar, documentar e acompanhar as características e evolução de cada safra, em cada região e de cada variedade de uva utilizada na elaboração de nossos produtos. Além disso, o uso de inteligência artificial, por meio de algoritmos em um sistema automatizado, nos auxilia constantemente no controle de fermentação de espumantes.

Contudo, os desafios não param por aí. O compromisso incessante com a singularidade é chave para elevar ainda mais o prestígio do produto brasileiro, tanto sobre o aspecto de mercado e consumo, quanto sobre o prisma social no que tange à geração de renda e empregos.

Nesses mais de 112 anos, aprendemos que o equilíbrio é a chave para assegurarmos nossa competitividade ao longo do tempo e por isso, reforçamos o nosso compromisso com a responsabilidade social, a boa-fé e a valorização das pessoas, bem como a integridade do setor vitivinícola brasileiro.

Fomentamos a adoção das melhores práticas em toda a cadeia produtiva, valorizando o conhecimento adquirido através da experiência, porém sempre incentivando a inovação e estimulando a curiosidade para conquistar cada vez mais os lares nacionais e internacionais.

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