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    Áudios vazados de Robinho não interferem em julgamento do STJ, diz especialista

    Ex-atleta foi condenado a nove anos de prisão por estupro contra uma jovem de origem albanesa em 2013

    Da CNN , em São Paulo

    Em entrevista à CNN, neste sábado (17), Pedro Iokoi, advogado criminalista, avaliou que os áudios divulgados que mostram a reação de Robinho ao ficar sabendo das denúncias sobre participação no estupro coletivo, contra uma jovem de origem albanesa, não devem interferir no julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

    “Os áudios não vão, ou não deveriam servir, como mola propulsora do processo. O clamor público não deve influenciar o judiciário, muito pelo contrário, o judiciário tem de se ater ao que está no processo”, disse o especialista.

    O STJ marcou para 2 de agosto o julgamento de um recurso em que a defesa de Robinho pede que a justiça italiana envie ao Brasil a íntegra, traduzida para português, do processo que condenou o ex-atleta. O caso será analisado pela Corte Especial, formada por 15 ministros.

    Segundo Iokoi, o pedido da defesa do ex-atleta serve para facilitar eventuais postulações sobre o processo.

    “Agora a defesa do Robinho vai ter a oportunidade de apontar para a justiça brasileira eventuais nulidades ou falhas durante a condução do processo que o impediram que ele estabelecesse adequadamente a defesa”, disse.

    Robinho é alvo de um processo em que o governo da Itália busca a homologação no Brasil de condenação a nove anos de prisão por estupro.

    Entenda o caso Robinho

    Robinho recebeu em dezembro de 2020 a pena de nove anos de prisão no caso que investigava a violência sexual contra uma jovem de origem albanesa, em 2013. O caso teria ocorrido em uma boate na Itália.

    Em janeiro do ano passado, o atleta teve a condenação confirmada pela mais alta instância da Justiça italiana. Quase um mês depois, em 16 de fevereiro, foi emitido um mandado de prisão internacional.

    A acusação utilizou áudio gravado a partir de uma escuta instalada em um carro, que flagrou uma conversa entre Robinho e seus amigos, o que possibilitou confirmar a versão da vítima sobre o estupro coletivo.

    O ex-jogador nega as acusações. No último dia 24, a defesa entregou o passaporte do ex-jogador ao STJ. Ele está proibido de deixar o Brasil.

    *produzido por Letícia Brito e publicado por Pedro Zanatta, da CNN.

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