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    AGU encaminha alerta de “desproporcionalidade” na gestão da Eletrobras ao STF

    No documento, AGU faz críticas à composição do Conselho de Administração, dizendo que a União não consegue indicar nenhum representante, enquanto um grupo acionista minoritário teria indicado três membros do colegiado

    Chapa atual do conselho da Eletrobras foi eleita sob o mandato de Jair Bolsonaro
    Chapa atual do conselho da Eletrobras foi eleita sob o mandato de Jair Bolsonaro 9/04/2019REUTERS/Brendan McDermid

    da Reuters

    A Advocacia-Geral da União (AGU) disse nesta sexta-feira (16) que encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) manifestação alertando para “desproporcionalidade” na gestão da Eletrobras, no âmbito da ação aberta pelo governo para ampliar seu poder sobre a companhia elétrica agora privada.

    No documento, a AGU faz críticas à composição do Conselho de Administração da Eletrobras, dizendo que a União, que detém 42% das ações da empresa, não consegue indicar nenhum representante, enquanto um grupo acionista minoritário teria indicado três membros do colegiado.

    A chapa atual do conselho da Eletrobras foi eleita sob o mandato de Jair Bolsonaro.

    O governo de Luiz Inácio Lula da Silva chegou a pedir a substituição de seu representante no colegiado por um de sua confiança, mas disse que a Eletrobras se recusou a incluir o pedido na pauta de uma assembleia de acionistas realizada no início deste ano.

    O documento cita ainda outros episódios em que a União não conseguiu participar da gestão da empresa, como a alteração do estatuto social para excluir representantes dos empregados do conselho e a decisão de aumento da remuneração dos administradores.

    A AGU ingressou em maio passado com uma ação direta de inconstitucionalidade no STF pleiteando que o governo tenha um poder de voto na Eletrobras proporcional à sua participação acionária na elétrica.

    Embora tenha aproximadamente 43% das ações ordinárias da Eletrobras, a União está sujeita à proibição de que acionista ou grupo de acionistas exerçam votos em número superior a 10% –regra incluída para evitar movimentos de assunção do controle da empresa, que hoje tem capital pulverizado.

    “Por fim, a AGU volta a assinalar que a norma acarretou ônus desproporcional e injustificável para a União, em nítido favorecimento a acionistas minoritários privados”, afirmou, em comunicado.