Micron investe mais US$ 600 mi na China, mesmo após proibição parcial de vendas por reguladora
Novo investimento ocorre cerca de um mês após o Ministério do Comércio chinês dizer que certas companhias estavam impedidas de comprar produtos da Micron
A companhia americana Micron Technology afirmou que pretende investir cerca de US$ 600 milhões para expandir sua produção na cidade chinesa de Xi’an. A medida ocorre, porém, cerca de um mês após Pequim restringir negócios com a empresa de microchips.
A Micron disse que parte do investimento será na construção de uma nova fábrica em Xi’an para embalagem e testes.
Ela incluirá uma nova linha de produção de chips de memória. A empresa disse que com isso elevará sua força de trabalho na China a mais de 4.500 pessoas.
Cerca de 10% da receita da Micron é gerada na China, segundo a consultoria Gavekal Dragonomics.
A Powertech informou que a Micron usava sua opção de compra de ativos em Xi’an após o acordo original entre as duas companhias ter vencido.
O novo investimento ocorre cerca de um mês após o Ministério do Comércio chinês dizer que certas companhias apontadas como operadoras de infraestrutura crítica de informação estavam impedidas de comprar produtos da Micron, pois seus produtos representariam um risco à segurança nacional.
Essas empresas sujeitas ao veto incluem nomes nos setores de telecomunicações, energia e transportes. No mês passado, a Micron disse a investidores que isso deve resultar em uma perda de receita na casa de um dígito.
Pequim realizou uma investigação sobre importações da Micron, vista amplamente como retaliação após os EUA imporem um veto no ano passado à venda de chips americanos avançados à China.