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    Quem é Silvinei Vasques, primeiro a depor na CPMI do 8/1 nesta terça-feira (20)

    Ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi nomeado ao cargo em abril de 2021, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e é réu por improbidade administrativa

    Da CNN

    Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), será o primeiro a prestar depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, nesta terça-feira (20).

    Natural de Ivaiporã, Paraná, Vasques, que pertence aos quadros da PRF desde 1995, exerceu atividades de gerência e comando em diversas áreas do órgão. Ele foi superintendente nos Estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro, e atuou como Coordenador-Geral de Operações.

    Também exerceu os cargos de Secretário Municipal de Segurança Pública e de Transportes no Município de São José, em Santa Catarina, entre os anos de 2007 e 2008.

    Em abril de 2021, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ele foi nomeado diretor-geral da PRF.

    De acordo com seu currículo, disponível no site do governo federal à época, o ex-diretor-geral é graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali); em Segurança Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul); e em Administração de Empresas pela Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC).

    Em 25 de novembro de 2022, Vasques se tornou réu por improbidade administrativa, após ser acusado de uso indevido do cargo que ocupava, bem como de símbolos e imagem da instituição policial durante as eleições presidenciais.

    Durante a realização do segundo turno das eleições, em 30 de outubro, a PRF realizou mais de 500 operações no transporte de eleitores em diversas estradas do país. As ações foram suspensas após pedido da Justiça Eleitoral.

    Segundo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, as operações não impediram eleitores de chegarem aos seus locais de votação. Apesar disso, pessoas relataram dificuldade em chegar aos locais de votação.

    Em dezembro, Vasques foi dispensado do cargo e, no mesmo mês, a PRF concedeu aposentadoria voluntária ao ex-diretor-geral, então com 47 anos.

    Além da PF, que investiga as blitze, a CNN revelou em abril deste ano que a direção da PRF anulou o arquivamento de parte de investigações sobre a atuação da corporação no segundo turno das eleições.

    Em maio, a CNN teve acesso com exclusividade ao material, com ao menos 20 slides, em que Vasques apresenta dados das operações da PRF no segundo turno das eleições e compara com ações de anos anteriores, além de elencar motivos pelos quais o Nordeste teve mais abordagens a ônibus.

    Pedido de voto em Bolsonaro

    No sábado anterior ao segundo turno das eleições presidenciais, Vasques publicou em seu Instagram uma imagem com a foto da bandeira do Brasil e escreveu: “Vote 22, Bolsonaro presidente”. A publicação foi apagada horas depois.

    Agressão a frentista

    Vasques foi alvo de processo interno da PRF que recomendou a sua expulsão da corporação por agressão a um frentista de um posto de gasolina. A expulsão só não ocorreu porque o caso prescreveu, revelam documentos obtidos pela CNN.

    O episódio ocorreu no município de Cristalina, em Goiás. No dia 17 de outubro de 2000, o frentista Gabriel de Carvalho Rezende registrou boletim de ocorrência relatando ter sido agredido com socos e chutes por Vasques.

    Segundo o frentista, a agressão foi iniciada após Vasques ser informado que o posto não tinha o serviço de lavagem de carros.

    Confira aqui a lista de todos os convocados a depor na CPMI do 8 de Janeiro até o momento.

    *Publicado por Lucas Schroeder

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