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    J.P. Morgan prevê cortes de juros em setembro e projeta Selic a 12,25% no fim do ano

    Para o fim de 2024, expectativa para a taxa caiu de 11% para 10%

    Cortes de juros tendem a começar já em setembro, afirmam especialistas
    Cortes de juros tendem a começar já em setembro, afirmam especialistas REUTERS/Mike Segar

    Da CNN São Paulo

    O J.P Morgan revisou a expectativa da Selic para este e para o próximo ano. Desta vez, o banco indica o início do afrouxamento da taxa básica de juros para setembro, e a projeção é de que ela chegue ao fim do ano em 12,25%, ante 12,75% na estimativa anterior.

    Já para o fim do ano que vem, os economistas esperam que a Selic feche em 10%. 

    Em relatório, assinado por Cassiana Fernandez e Vinicius Moreira, os cortes de juros tendem a começar já em setembro, com uma redução de 0,5 ponto porcentual.

    Além disso, os economistas afirmam que uma queda mais significativa das expectativas de inflação, principalmente se acompanhada de melhora na inflação atual e de um real mais apreciado, pode levar o Banco Central a antecipar ainda mais o ciclo de flexibilização, com um corte de 25 pontos-base em agosto.

     

    O relatório do banco americano destaca ainda a importância da reunião do Conselho de Monetário Nacional (CMN), que volta a se reunir entre os dias 20 e 21 de junho.

    O J.P Morgan espera que a meta se mantenha em 3%, mas ainda há dúvidas sobre a credibilidade da decisão.

    Já para 2024, o banco projeta que a nova composição do Copom pode ajudar a trazer uma Selic mais branda. A expectativa para a taxa no fim do ano que vem caiu de 11% para 10%. 

    Além do J.P Morgan, diversas corretoras também estão revisando projeções para inflação e juros em 2023, depois da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, na última quarta-feira (7), mostrar uma inflação mais fraca do que o esperado e em rápida desaceleração.

    No acumulado de 12 meses, o indicador oficial da inflação cedeu para alta de 3,94%, dentro da meta perseguida pelo BC de 3,25% em 2023 — com margem para variar entre 1,75% e 4,75%.

    Na última segunda-feira (12), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, já havia sinalizado que as revisões para baixo nas projeções longas de inflação poderiam abrir espaço para a instituição começar a cortar a taxa Selic, hoje em 13,75% ao ano, mas reforçou que o Comitê de Política Monetária (Copom) não tomará decisões artificialmente. 

    Publicado por Amanda Sampaio.