Instituto confirma febre maculosa em dentista que morreu após viagens para SP e MG
Mariana Giordano e o seu namorado, o piloto de automobilismo Douglas Costa, morreram em 8 de junho com sintomas de febre, dores e manchas vermelhas no corpo
O Instituto Adolfo Lutz confirmou, nesta segunda-feira (12), que a dentista Mariana Giordano foi diagnosticada com febre maculosa. Ela e o seu namorado, o piloto de automobilismo Douglas Costa, morreram em 8 de junho após apresentarem subitamente febre, dores e manchas vermelhas no corpo.
Conforme relatos, Mariana notou marcas de picada de inseto em seu corpo após viajar para Campinas, no interior de São Paulo. Posteriormente, o casal viajou para Monte Verde, distrito do município mineiro de Camanducaia, mas ela começou a apresentar os sintomas no segundo dia de estadia.
A febre maculosa é uma doença infecciosa, causada por uma bactéria transmitida por meio da picada de uma das espécies de carrapato, a Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como carrapato-estrela. A enfermidade, que provoca um quadro febril agudo, pode se apresentar de forma assintomática até casos mais graves, com grandes chances de morte.
Seus sintomas podem ser confundidos com outras doenças que causam febre alta. Seu período de incubação é de dois a 14 dias. Os sintomas no casal começaram no dia 3 de junho.
Em São Paulo, há duas espécies da bactéria. Os municípios de Campinas — onde o casal esteve — e de Piracicaba, também no interior, são hoje os dois que apresentam maior número de casos registrados da doença.
Em 2023, até o momento, foram registrados nove casos de febre maculosa e três mortes. Ambas as versões — Rickettsia rickettsii e a Rickettsia parkeri — são potencialmente letais e demandam atendimento rápido para o recebimento de antibiótico específico.
“A Secretaria de Estado da Saúde reforça que as pessoas que moram ou se deslocam para áreas de transmissão estejam atentas ao menor sinal de febre e que procurem um serviço médico informando que estiveram nessas regiões para fazer um tratamento precoce e evitar o agravamento da doença”, explica o órgão.