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    Aprovação da Anvisa é primeiro passo para oferta de injeção preventiva ao HIV no SUS, diz especialista

    Pesquisador da USP afirmou que medicamento é indicado para qualquer pessoa sexualmente ativa vulnerável ao HIV

    Flávio Ismerimda CNN , Em São Paulo

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro medicamento injetável que pode ser usado para a prevenção da infecção por HIV no Brasil e esse pode ser o primeiro passo para a sua disponibilização no Sistema Única de Saúde (SUS). É o que afirmou o infectologista da Numa Saúde e pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) Rico Vasconcelos em entrevista à CNN neste domingo (11).

    “Ainda que a aprovação do registro da Anvisa não seja sinônimo de que chegou ao SUS e está disponível de graça, esse passo é o primeiro e o mais importante de todos, porque a Anvisa é o maior crivo que existe para saber se uma coisa pode ser usada ou não”, explicou Vasconcelos.

    O infectologista adiantou que a injeção deve chegar ao mercado com um preço superior ao de outros métodos de profilaxia pré-exposição ao HIV (PreP) e que sua oferta gratuita no SUS está sujeita a uma série de análises de custo-efetividade e público-alvo.

    A autorização foi dada à empresa GlaxoSmithKline (GSK) e foi publicada no Diário Oficial da União no dia 5 de junho.

    Atualmente, os medicamentos à disposição do público são comprimidos de uso via oral. A principal diferença em relação aos novos está em sua ação prolongada, com redução da necessidade de doses.

    Vasconcelos afirmou ainda que a Prep é atualmente indicada a todas as pessoas com vida sexual ativa e que, portanto, estejam vulneráveis à infecção por HIV. O pesquisador criticou a estigmatização de homens gays e bissexuais como “grupo de risco”.

    “A gente não usa mais esse termo. Não importa com quem você tem relações, nem com quantas pessoas. o importante é que você encontre um método dentre os vários que já existem disponíveis que você consiga utilizar corretamente.”

    Veja a entrevista completa no vídeo acima.

    (*produzido por Letícia Brito, da CNN, em SP).

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