Chuvas no Haiti deixam ao menos 42 mortos
Mais de 13 mil pessoas tiveram de ser deslocadas devido às inundações e deslizamentos registrados nos últimos dias; 11 pessoas ainda estão desaparecidas, segundo as autoridades locais
Milhares de casas no Haiti foram inundadas após fortes chuvas no fim de semana, deixando ao menos 42 pessoas mortas e 85 feridas, de acordo com um comunicado divulgado pela Agência de Proteção Civil do país na segunda-feira.
As chuvas intensas causaram o transbordamento de vários rios em todo o Haiti, o que, por sua vez, provocou enchentes, inundações, deslizamentos de rochas e deslizamentos de terra, de acordo com um relatório das Nações Unidas.
Mais de 13.300 pessoas foram deslocadas e pelo menos 11 outras foram declaradas desaparecidas em cinco dos 10 departamentos do Haiti: Oeste, Nippes, Sudeste, Noroeste e Centro.
“Meu governo, em conjunto com instituições nacionais e internacionais, está tomando medidas urgentes para atender às demandas do momento”, tuitou o primeiro-ministro haitiano Ariel Henry.
O número de mortos aumentou constantemente na segunda-feira, à medida que as chuvas fortes e persistentes continuavam a cair. Equipes de emergência e organizações de ajuda foram mobilizadas para atender os afetados pelas enchentes.
“Vamos começar a fornecer refeições quentes para as pessoas deslocadas nas próximas horas e estamos mobilizando rações prontas para consumo e alimentos secos”, disse o Programa Alimentar Mundial em um tweet.
As inundações são a mais recente calamidade a atingir um país com infraestrutura já fraca, que tem sido repetidamente devastado por violência criminosa, turbulência política e desastres naturais nos últimos anos. A nação caribenha depende fortemente da assistência humanitária.
O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU alertou na segunda-feira que as inundações podem recomeçar com mais chuvas nos próximos dias.
“No caso de outra chuva forte, os solos alagados serão incapazes de evitar mais inundações, deslizamentos de rochas e deslizamentos de terra, e o número provisório de mortos pode aumentar ainda mais”, afirmou.
Espera-se que o perigo continue durante a temporada de furacões, que começou em 1º de junho.
(Publicado por Fábio Mendes)