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    “Pela primeira vez na história, Brasil tem inflação muito menor que o mundo desenvolvido”, diz Campos Neto

    Presidente do BC defendeu a manutenção do índice em patamares baixos, mas destacou que a queda dos núcleos da taxa ainda é lenta no país

    Danilo Moliternoda CNN São Paulo

    O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse em evento nesta segunda-feira (5) que o Brasil tem índices de inflação menores que a média dos países do mundo desenvolvido pela primeira vez na história.

    “Pela primeira vez na história, o Brasil tem uma inflação muito menor que a média do mundo desenvolvido. Temos que entender que a inflação é perversa para a transferência de renda. A inflação afeta muito mais quem não consegue se proteger do aumento de preços”, disse.

    Campos Neto defendeu a manutenção do índice em patamares baixos, mas destacou que a queda dos núcleos da inflação ainda é lenta no Brasil.

    Em sua participação, o presidente do BC ainda ressaltou o fato de a queda da inflação estar acompanhada da revisão positiva do crescimento no país.

    “A queda da inflação tem sido associada a uma melhora do crescimento, não piora. Então quando digo que o cenário clareou um pouco é porque a gente tem uma revisão de crescimento para cima e, ao mesmo tempo, tem uma revisão de inflação para baixo, enquanto o mundo está indo no caminho contrário”, afirmou.

    Juro alto

    Ao comentar a taxa básica de juros (atualmente em 13,75%), Campos Neto rebateu o argumento de que os patamares elevados sejam “para o rentista”. Ele afirmou que a Selic alta se deve ao algo grau de endividamento do governo.

    “Outra coisa que eu escuto muito é que o juro alto é para o rentista. Juro alto não é para o rentista. Juro alto acontece porque o governo deve muito, se o governo devesse menos, o juro era mais baixo”, disse.

    Ainda ao comentar o assunto, o presidente do BC brincou ao comentar a popularização da discussão sobre a Selic. “Virou um pouco como a Seleção Brasileira na Copa do Mundo, o que é juros. Todo mundo tem uma opinião, e eu acho que o debate é super importante, até para o Banco Central explicar seu trabalho”, completou.

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