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    Torcida do Palmeiras enfrenta confusão no Allianz Parque por exigência de biometria facial

    Duelo contra o Coritiba foi o primeiro a impor acesso apenas pelo uso da tecnologia; problema se deu no portão C

    Murillo FerrariLuccas Oliveirada CNN

    Parte da torcida do Palmeiras teve que superar um cenário caótico para acessar o Allianz Parque, neste domingo (4), para assistir ao jogo contra o Coritiba pela nona rodada do Campeonato Brasileiro.

    Assunto que tem criado rusgas entre o Palmeiras e a Real Arenas, empresa ligada à WTorre que administra o Allianz Parque, a entrada por biometria facial foi exigida pela primeira vez em 100% dos setores do estádio. A confusão deste domingo fez os dois lados voltarem a divergir (veja as notas no fim da matéria).

    A reportagem da CNN Brasil flagrou o problema no portão C do estádio, por onde entraram os torcedores que têm o Passaporte, de cadeiras cativas, última modalidade a ter a exigência do reconhecimento facial junto com os camarotes. Antes, o acesso era feito por meio de um cartão digital.

    O fluxo estava tranquilo até por volta das 17h30, mas, com a proximidade do apito inicial às 18h30, o torcedor do Palmeiras teve que enfrentar uma grande confusão. Algumas pessoas tentaram derrubar uma grade de acesso.

    Para piorar, o sistema digital não estava reconhecendo a biometria facial de torcedores que alegavam já ter feito o cadastro prévio.

    Exigência veio dois dias antes da partida

    A Real Arenas enviou um e-mail na sexta-feira, dois dias antes do jogo, informando aos torcedores que têm o Passaporte ou camarotes de que o cadastro da biometria facial seria exigido em todo o estádio, neste domingo.

    Horas antes da partida, o Palmeiras enviou um comunicado garantia que teria uma equipe de suporte para ajudar os torcedores que tivessem problemas no acesso ao estádio.

    Até o cadastramento foi um problema, já que o site para fazê-lo ficou fora do ar desde o fim da tarde de sexta até a manhã de sábado, véspera de Palmeiras x Coritiba.

    Depois que o caos já estava instaurado no acesso ao setor Passaporte, a Polícia Militar tentou organizar a fila e o portão foi praticamente fechado, deixando apenas uma fresta para a entrada dos torcedores. isso irritou as pessoas, que temiam perder o início do jogo.

    A comunicação da equipe de suporte não funcionou, e a fila de entrada para quem já tinha feito o cadastro facial se misturou com aqueles que não tinham se cadastrado ainda.

    Quando finalmente chegaram às catracas, alguns torcedores relataram que, apesar de terem o cadastro feito, a tecnologia não reconheceu a biometria facial, e eles precisaram encarar uma nova fila para resolver o problema.

    Palmeiras e WTorre se posicionam sobre a confusão

    O Palmeiras enviou uma nota sobre a confusão no acesso deste domingo. Leia abaixo:

    Desde o dia 23 de maio, o Palmeiras tem informado que o acesso de todos os torcedores, incluindo os clientes do Passaporte, será realizado por meio da biometria facial a partir do jogo contra o Coritiba.

    Ainda assim, parte dos adeptos do produto da Real Arenas ainda não fez o registro da face no sistema do Verdão.

    Para que estes palmeirenses não fossem prejudicados e pudessem entrar na arena, o clube colocou em prática um plano de contingência e todos eles tiveram o acesso permitido mediante apresentação de documentos comprobatórios da adesão ao referido programa.

    A WTorre também se posicionou e ressaltou que “já havia alertado o Palmeiras sobre os transtornos que poderiam ser causados aos clientes de seu produto em uma migração sem planejamento”.

    Leia abaixo:

    Em relação aos problemas que aconteceram pela exigência da SEP em implementar a biometria facial para os clientes Passaporte Allianz Parque a partir de 4 de junho de 2023, na partida entre Palmeiras e Coritiba, a Real Arenas já havia alertado a SEP sobre os transtornos que poderiam ser causados aos clientes de seu produto em uma migração sem planejamento, fora da plataforma sob gestão da Real Arenas e que não respeitasse os contratos estabelecidos com seus clientes.

    Infelizmente, o procedimento foi realizado e causou transtornos, que poderiam ter sido evitados, aos torcedores palmeirenses.

    Além dos problemas para os clientes do Passaporte Allianz Parque, nossas catracas, que permitem a entrada via cartão, e poderiam atenuar o problema de acesso foram lacradas. Os equipamentos só foram reabertos faltando 10 minutos para início da partida, após determinação da Tropa de Choque, da Polícia Militar do Estado de São Paulo, temendo o agravamento da situação.

    Nossa preocupação sempre foi de ter um sistema com todas as funcionalidades, que são diferentes do produto comercializado pela SEP, testadas e com a segurança garantida.

    Esperamos que para as partidas futuras o clube flexibilize e permita uma operação híbrida e a implementação do sistema de reconhecimento facial da Real Arenas para seus clientes e torcedores do Passaporte Allianz Parque.

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