Presidente do Vila Nova pede a CPI que investigue partida que evitou rebaixamento da Chapecoense; veja o lance
Dirigente alega ter "certeza absoluta que o Náutico foi sacaneado por apostadores"
O presidente do Vila Nova Futebol Clube, Hugo Bravo, iniciou sua participação na CPI das Apostas Esportivas nesta terça-feira (30) dizendo que tem certeza de que o jogo que manteve a Chapecoense na Série B, depois de uma vitória por 1 x 0 diante do Náutico, foi manipulado por apostadores.
“Tenho certeza absoluta que [o Náutico] foi sacaneado por apostadores. Desafio qualquer um dos senhores deputados, e eu não posso ser incoerente e injusto, mas não posso deixar de falar que o pênalti que aconteceu no jogo Chapecoense e Náutico, no primeiro tempo, não tenha que ser objeto de análise dessa casa”, disse.
Veja o lance abaixo, no começo do vídeo:
Bravo foi o dirigente que levou ao Ministério Público de Goiás as informações que resultaram na Operação Penalidade Máxima, que apura fraudes em partidas de futebol do Campeonato Brasileiro.
Náutico chegou a denunciar suspeita
No final da partida, o Náutico, que já estava rebaixado, até denunciou uma suspeita de manipulação de resultado, porém o caso não obteve a repercussão necessária para revigorar.
A partida terminou com o triunfo da Chapecoense pelo placar de 1 a 0, o gol foi marcado de pênalti, após infração cometida dentro da área pelo zagueiro Arthur Henrique.
O presidente do clube goiano ainda relatou diversos casos de manipulação que chegaram até ele, incluindo no próprio clube que ele preside. De acordo com o dirigente, a partida entre Vila Nova e Sport resultaria de um combinado de outras duas partidas que gerariam um lucro de cerca de R$ 2 milhões.
Dois, três dias após um jogo do campeonato brasileiro, onde Vila Nova e Sport jogaram pela última rodada do campeonato, nós tomamos conhecimento de que jogadores nossos teriam sido aliciados por outro atleta nosso a cometer uma infração penal no 1° tempo
Hugo Bravo, presidente do Vila Nova
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) também ouviu os responsáveis pela Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás. Sendo eles: o procurador geral de justiça do Ministério Público de Goiás (MP-GO), Cyro Terra Peres, e o promotor de justiça do Ministério Público de Goiás- MP-GO, Fernando Cesconetto.
A CPI foi instalada no último dia 17 (quarta-feira) e tem o objetivo de investigar a manipulação de resultados em jogos de futebol no Brasil.
* Estagiário sob supervisão de Afonso Benites