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    Líderes da América do Sul se reúnem com Lula; reorganização da Unasul entra na pauta

    Segundo o Itamaraty, o encontro tem como objetivo "reiniciar" diálogo regional, buscar agenda de cooperação mútua e viabilizar um organismo de integração da região

    Douglas Portoda CNN* , em São Paulo

    Representantes de 11 países da América do Sul se reúnem na manhã de hoje em uma reunião de uma cúpula regional no Palácio Itamaraty, em Brasília, após convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Participam do encontro os presidentes da Argentina, Alberto Fernández; do Chile, Gabriel Boric, e da Venezuela, Nicolás Maduro, entre outros. Veja a lista completa abaixo.

    A presidente do Peru, Dina Boluarte, impossibilitada de comparecer devido à situação do país desde a deposição do ex-presidente Pedro Castillo, é representada pelo presidente do Conselho de Ministros do país, Alberto Otárola.

    Esta é a primeira cúpula organizada pelo Brasil no terceiro mandato de Lula. Segundo o Itamaraty, o governo tem três objetivos principais:

    • Reiniciar o diálogo regional;
    • Buscar uma agenda concreta de cooperação em áreas como infraestrutura, saúde e combate ao crime organizado;
    • Criar, num prazo mais longo, um novo organismo de integração sul-americano que possa substituir ou reorganizar a União das Nações Sul-Americanas (Unasul).

    “A ideia é retomar o diálogo e a cooperação com países sul-americanos. Identificar denominadores comuns. A região dispõe de capacidades que serão chaves no futuro da humanidade, como recursos naturais, água, minérios, área para produção de alimentos. Uma agenda concreta de cooperação pode ser iniciada imediatamente”, explica a secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, Gisela Figueiredo Padovan.

    O governo federal anunciou, em 7 de abril, o retorno do Brasil à Unasul. O país estava fora do grupo desde 2019, após decisão do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

    A Unasul foi fundada a partir de um Tratado Constitutivo assinado em maio de 2008, pelos governos de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.

    No mesmo dia, a Argentina anunciou que retornaria ao bloco, que atualmente tem como membros Bolívia, Guiana, Suriname e Venezuela, além do Peru, que se encontra suspenso.

    Reuniões

    Pela manhã, a partir das 10h15, será realizada a abertura do evento, com discurso de Lula. Às 10h45 começará a sessão de trabalho, com cada líder tendo 15 minutos para fazer sua intervenção.

    Na parte da tarde será realizado um encontro, dessa vez mais informal, com formato reduzido, às 15h. Cada presidente será acompanhado pelo chanceler de seu país e apenas um ou dois assessores.

    Esquema de segurança

    Com a reunião dos chefes de Estado em Brasília, a Polícia Federal (PF) montou um esquema reforçado de segurança aos líderes sul-americanos.

    O trabalho é feito pela Coordenação de Proteção à Pessoa, da Diretoria da Polícia Administrativa da PF.

    O coordenador do grupo, delegado Denis Colares, falou à CNN sobre a quantidade de agentes. “Estão sendo usados mais de 120 policiais federais. E o trabalho não é apenas ao presidente, a gente cuida também da segurança dos familiares, da comitiva como um todo”, disse Colares.

    O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou na noite de domingo (28) em Brasília e se encontrou com Lula na manhã de segunda-feira (29). No caso do líder venezuelano, a PF tem uma atenção especial devido a manifestações contra ele nas redes sociais.

    “A gente nota umas posturas diferentes sobre ele. Assim, temos uma atenção especial”, explicou Colares. A PF, neste trabalho, faz uma análise de risco, dentro inteligência da coordenação, em um trabalho prévio de cada presidente e também dos familiares.

    Dos policiais federais, cerca de 50 são da Secretaria Extraordinária de Segurança Presidencial (Sesp), que é responsável pela segurança direta do presidente Lula.

    O delegado Denis Colares adianta que a PF também será responsável pela segurança dos líderes de Estado no que vem durante a cúpula do G20, que será realizada no Rio de Janeiro em novembro.

    A proteção direta de autoridades estrangeiras é feita a partir do momento em que elas chegam ao Brasil e prosseguem até a hora que elas deixam o país, com escolta ao hotel e ao aeroporto.

    Veja a programação oficial do evento:

    • 8h45: Chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
    • 9h: Chegada dos presidentes da América do Sul
    • 10h: Fotografia oficial dos líderes da America do Sul
    • 10h15: Abertura da reunião com discurso de Lula
    • 10h45: Sessão de trabalho
    • 13h30: Almoço oferecido pela Presidência da República
    • 15h: Diálogo entre presidentes
    • 18h: Encerramento da reunião
    • 18h35: Partida dos presidentes do Palácio Itamaraty
    • 20h30: Jantar oferecido pela Presidência da República

    Quem deverá participar:

    • Alberto Fernández (Argentina);
    • Luís Arce (Bolívia);
    • Gabriel Boric (Chile);
    • Gustavo Petro (Colômbia);
    • Guillermo Lasso (Equador);
    • Irfaan Ali (Guiana);
    • Mário Abdo Benítez (Paraguai);
    • Chan Santokhi (Suriname);
    • Luís Lacalle Pou (Uruguai);
    • Nicolás Maduro (Venezuela);
    • Alberto Otárola (presidente do Conselho de Ministros do Peru).

    *Com informações de Elijonas Maia

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