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    Base aliada é orientada a não propor mudanças em MP da Reestruturação

    Deputados governistas temem retaliações com mais desconfigurações no texto original, caso proponham destaques à medida provisória que muda atribuições dos ministérios e que deve ser votada nesta semana

    Gustavo Uribeda CNN , em Brasília

    Com receio de retaliações, o governo federal orientou a base aliada a não apresentar destaques à Medida Provisória da Reestruturação Ministerial, que deve ser votada na terça-feira (30) no plenário da Câmara dos Deputados.

    Inicialmente, havia a intenção do Palácio do Planalto de, por meio de acordo político, retomar alguns pontos modificados pelo relatório do líder do MDB na Câmara dos Deputados, Isnaldo Bulhões (AL), entre eles o esvaziamento do Ministério do Meio Ambiente.

    Segundo relatos feitos à CNN, no entanto, o governo federal foi informado que uma tentativa de mudança, entre elas devolver o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o Ministério do Meio Ambiente, pode levar a uma desconfiguração ainda maior da proposta original.

    Uma das possibilidades, segundo um auxiliar do governo, seria transferir para o Ministério da Agricultura, por exemplo, o CAR, que foi deslocado para a pasta da Gestão.

    Outra possibilidade seria apresentar emendas para flexibilizar o licenciamento ambiental, esvaziando ainda mais o Ministério do Meio Ambiente.

    O Palácio do Planalto foi informado ainda sobre a possibilidade até mesmo de rejeição da Medida Provisória, o que obrigaria o governo federal a reduzir de 37 para 23 o número de pastas que formam a Esplanada dos Ministérios.

    A preocupação de uma retaliação ocorre ainda pela possibilidade de a bancada ruralista comparecer em peso à votação. Isso porque a previsão é de que, no mesmo dia de votação da Medida Provisória, seja analisado o projeto de lei do marco temporal de demarcação de terras indígenas.

    O esvaziamento do Meio Ambiente, no relatório final da Medida Provisória, levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a promover uma reunião de emergência na última sexta-feira (26).

    A avaliação é de que é necessário que Lula entre de cabeça na articulação política caso queira evitar novas derrotas no Poder Legislativo.

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