Encomendas de bens de capital dos EUA sobem 1,4% em abril, diz Departamento do Comércio
Com aumento do indicador, há otimismo de que gastos empresariais com equipamentos podem se recuperar no segundo trimestre
As novas encomendas de bens de capital fabricados nos Estados Unidos se recuperaram inesperadamente em abril, ampliando o otimismo de que os gastos empresariais com equipamentos podem se recuperar no segundo trimestre, após recentes quedas consecutivas.
As encomendas de bens de capital não relacionados à defesa, excluindo aeronaves, um indicador observado de perto para os planos de gastos das empresas, subiram 1,4% no mês passado, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira (26).
Os dados de março foram revisados para cima para mostrar que o chamado núcleo dos bens de capital caiu 0,6%, em vez de 1,1%, conforme relatado anteriormente.
Economistas consultados pela Reuters previam queda de 0,2%. Em relação a abril de 2022, o núcleo dos pedidos de bens de capital aumentou 2,7%.
As perspectivas para os gastos das empresas com equipamentos são incertas. O governo informou na quinta-feira que os lucros corporativos caíram no primeiro trimestre, marcando a terceira queda trimestral consecutiva.
Taxas de juros mais altas estão aumentando os custos para as empresas. A manufatura, que responde por 11,3% da economia dos EUA, também está sendo prejudicada por uma mudança nos gastos de bens para serviços e gerenciamento cuidadoso dos níveis de estoques em meio à desaceleração da demanda.
As encomendas de equipamentos elétricos, eletrodomésticos e componentes caíram 1,0%, enquanto as de computadores e produtos eletrônicos recuaram 1,4%. As encomendas de máquinas aumentaram 1,0%.
Os pedidos de itens que variam de torradeiras a aeronaves e que devem durar três anos ou mais aumentaram 1,1% no mês passado. As chamadas encomendas de bens duráveis subiram 3,3% em março. Os pedidos de veículos motorizados caíram 0,1%, em queda pelo segundo mês consecutivo.
