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    Líderes de Armênia e Azerbaijão falam em progresso por paz após brigarem na frente de Putin

    Em uma reunião em Moscou, o premiê armênio Nikol Pashinyan acusou o país azeri de causar uma crise humanitária ao bloquear a única rota terrestre da Armênia para Nagorno-Karabakh

    Vladimir SoldatkinTatiana GomozovaCaleb DavisFelix Lightda Reuters

    Os líderes do Azerbaijão e da Armênia relataram na quinta-feira (25) o progresso nas discussões para encerrar o conflito de décadas sobre o território de Nagorno-Karabakh, depois de brigarem na frente do presidente da Rússia, Vladimir Putin.

    Nagorno-Karabakh, um enclave povoado por armênios dentro do Azerbaijão, tem sido uma fonte de conflito entre os dois vizinhos do Cáucaso desde os anos que antecederam o colapso da União Soviética em 1991, e entre armênios étnicos e turcos azeris por mais de um século.

    Em 2020, o Azerbaijão assumiu o controle de áreas que eram controladas por armênios étnicos dentro e ao redor do enclave montanhoso e, desde então, restringiu periodicamente o acesso ao único ponto de passagem que liga Nagorno-Karabakh à Armênia, da qual o enclave depende para fins financeiros e apoio militar.

    Em uma reunião em Moscou, o premiê armênio Nikol Pashinyan acusou o Azerbaijão de causar uma crise humanitária ao bloquear a única rota terrestre da Armênia para Nagorno-Karabakh.

    Ele chamou o ato de “violação direta” de um cessar-fogo de 2020 que encerrou a guerra de seis semanas entre os dois países e pediu o envio de uma missão internacional para avaliar a situação.

    Ativistas azeris em meados de dezembro começaram a obstruir a estrada conhecida como corredor Lachin, que Pashinyan observou que deveria estar sob o controle das forças de paz russas, e Baku no mês passado ergueu um posto de controle ao longo dela.

    O Azerbaijão diz que deu esse passo porque a Armênia estava usando a rota para enviar armas para Nagorno-Karabakh, algo que a Armênia nega.

    Os dois líderes continuaram discutindo por vários minutos em russo antes de Putin – que está montando um novo esforço para intermediar um acordo – encerrar a conversa, que ocorreu em uma reunião econômica das ex-repúblicas soviéticas em Moscou.

    Apesar da troca tensa, tanto Pashinyan quanto Aliyev disseram que houve progresso em direção a um acordo baseado no reconhecimento mútuo da integridade territorial um do outro.

    A Rússia tem sido tradicionalmente o principal intermediário entre os dois países no extremo sudoeste da antiga União Soviética, que travaram duas grandes guerras nas três décadas desde o colapso da ex-superpotência.

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