Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Wall Street fecha em queda, com impasse contínuo sobre o teto da dívida e ata do Fed

    Dow Jones caía 0,10% na abertura, para 33.021,76 pontos

    Placa em frente à Bolsa de Valores de Nova York sinaliza Wall Street
    Placa em frente à Bolsa de Valores de Nova York sinaliza Wall Street REUTERS/Brendan McDermid

    do Estadão Conteúdo

    As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta quarta-feira (24) à medida que investidores ponderam o contínuo impasse sobre o teto da dívida dos Estados Unidos. O mercado também acompanhou divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que ressaltou a inflação elevada no país, manteve projeção de recessão da economia americana e revelou divergências entre os dirigentes sobre as próximas decisões monetárias.

    O índice Dow Jones fechou em queda de 0,77%, aos 32.799,92 pontos, o S&P 500 caiu 0,73%, aos 4.115,324 pontos, e o Nasdaq recuou 0,61%, aos 12.484,16 pontos. No horário citado, o índice VIX, que mede a volatilidade em Wall Street, avançava 8,09%, a 20,03.

    O mercado acionário abriu o pregão em baixa, acelerando queda ao longo da manhã, após a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, renovar alertas sobre possível esgotamento dos recursos até início de junho, o que aumenta riscos de um calote dos EUA.

    Yellen advertiu para o risco de consequências “altamente adversas” caso o Congresso e a Casa Branca não entrem em acordo, observando que já existem sinais de estresse nos mercados financeiros.

    Em relatório, o JPMorgan analisa que as chances das autoridades não alcançarem um acordo até início de junho estão aumentando e giram entorno de 25% no momento.

    Para a Oanda, as bolsas de Wall Street foram atingidas duplamente pelos riscos do calote e por temores de que a persistência da inflação possa impedir o Fed de pausar seu ciclo de aperto.

    A ata demonstrou que cortes de juros são pouco prováveis, contudo, os dirigentes ainda preferem não se posicionar de forma definitiva até que o teto da dívida seja elevado, divergindo entre uma nova elevação ou pausa no aperto.

    “Se a inflação acabar sendo mais rígida do que os economistas esperam, o Fed pode muito bem pular um aumento de juros em junho, mas seguir em frente com um na reunião de julho.”, observa a consultoria.

    Já a Capital Economics mantém sua projeção de que a taxa terminal dos Fed funds deve ter atingido entre 5,00% a 5,25%, embora a perspectiva de cortes de juros esteja desaparecendo, com poucos sinais de que a economia esteja se afastando de um crescimento abaixo do potencial para uma recessão de fato.

    Assim, os bancos caíram de forma generalizada em Nova York, com o Citigroup (-3,09) liderando as quedas no setor após anunciar o desmembramento do Banamex e desistência dos esforços de vender a unidade mexicana.

    Já o PacWest reverteu ganhos iniciais e caiu 2,44% no pregão regular, apesar das notícias sobre um novo acordo para se desfazer de sua unidade de crédito imobiliário, a Civic Financial Services. Ainda, Morgan Stanley cedeu 1,72%, o Bank of America caiu 1,68% e o Goldman Sachs perdeu 1,16%.

    Pontualmente pressionada pelo impasse na dívida, a Meta se recuperou ao longo da tarde e encerrou em alta de 1,00%, na esteira da última rodada de demissões em massa da empresa. A Netflix também subiu 2,49%, em meio a nova estratégia da empresa para evitar compartilhamento de contas.

    No setor de energia, Chevron e Exxon Mobil subiram 0,27% e 1,12%, respectivamente, seguindo alta robusta dos preços do petróleo. Enquanto isso, a produtora de veículos elétricos Tesla perdeu 1,54% após ser pressionada por resultados positivos de sua concorrente chinesa, a Xpeng.