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    CPI do MST: “Se pautarmos o que cada deputado tem de investigação, não trabalhamos”, diz presidente da comissão à CNN

    Deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) comentou sobre a investigação de um suposto patrocínio a atos antidemocráticos

    Douglas PortoDaniel Rittnerda CNN , em São Paulo e Brasília

    O deputado federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, declarou, nesta terça-feira (23), em entrevista à CNN, que, se for pautado o que cada parlamentar tem de investigação no colegiado, não haverá trabalho.

    A deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP) acusou Zucco de ter cortado seu microfone enquanto ela lia uma notícia sobre a investigação de seu possível envolvimento em atos antidemocráticos por meio de “patrocínio e incentivo”.

    Ele diz que havia uma questão de ordem no momento e concedeu o direito de ela falar posteriormente. Ainda citou que o tema não é objeto da CPI.

    “Sobre as acusações, eu recebi com muita surpresa, inclusive foi no sábado (20), por um meio de comunicação. Porque, no meu estado, essas postagens que foram feitas em outubro e novembro tiveram uma repercussão que, inclusive, a Polícia Civil já disse que não há nenhum tipo de crime relacionado às postagens. O Ministério Público também informou que não havia nenhum crime em relação às postagens. Como eu me elegi deputado federal, veio para a esfera federal”, explicou Zucco.

    “Recebo com muita responsabilidade. Vamos aguardar as investigações. E a gente tem que entender: se formos ali pautar o que cada deputado tem de investigação, de processo, a gente não trabalha”, continuou.

    Entenda a investigação

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal (PF) a investigar o possível envolvimento do Tenente-Coronel Zucco em atos antidemocráticos por meio de “patrocínio e incentivo”.

    “Encaminhem-se os autos à Polícia Federal para continuidade das investigações”, disse Moraes na decisão de 17 de maio.

    O caso chegou ao Supremo a partir de notícia de fato apresentada ao Ministério Público Federal (MPF). Segundo a acusação, Zucco “estaria perpetrando crimes mediante patrocínio e incentivo a atos antidemocráticos, seja em território gaúcho, seja na cidade de Brasília/DF”.

    No documento, a procuradoria não cita diretamente a invasão dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro.

    O MPF entendeu que o caso deveria ser remetido ao STF pelo foro por prerrogativa de função do deputado na Corte. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) determinou o envio do caso ao Supremo.

    Moraes é relator das investigações no STF sobre atos contra a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sobre os ataques de 8 de janeiro.

    CPI do MST

    Sobre o colegiado que apura as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Tenente-Coronel Zucco afirma que devem ser votados 15 requerimentos na próxima quarta-feira (24).

    “Nós já temos amanhã 15 requerimentos para serem votados. Vamos também iniciar com diligências em alguns estados, posso citar: São Paulo, Minas Gerais, Bahia e outros que tiveram invasões”, disse.

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