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    Esquerda rejeita coalizão e Grécia caminha para nova eleição

    Após o vencedor das eleições, o conservador Kyriakos Mitsotakis, descartar um governo de composição, o progressista Alexis Tsipras também optou por segundo pleito em 25 de junho  

    Da Reuters

    O líder grego Alexis Tsipras rejeitou nesta terça-feira (23) mandato para formar um governo de coalizão, dizendo que está se preparando para uma segunda eleição em junho, após o que chamou de uma derrota eleitoral “dolorosa” para seu partido Syriza, de esquerda.

    O primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, cujo partido de direita Nova Democracia conquistou 40,8% dos votos no domingo, em comparação com 20,1% do Syriza, havia optado anteriormente por não formar uma coalizão e defendeu uma segunda votação em uma tentativa de obter uma maioria absoluta.

    Tsipras disse à presidente Katerina Sakellaropoulou que não poderia formar uma coalizão, depois que muitos eleitores se afastaram do estilo radical e “anti-establishment” do Syriza, que o levou ao poder durante os turbulentos anos da crise da dívida grega.

    “Não tenho motivos para esconder que o resultado eleitoral é um choque doloroso, foi inesperado”, disse Tsipras do lado de fora da mansão presidencial. “Assumo total responsabilidade por este resultado, mas no meu dicionário isso significa ficar de pé e lutar.”

    Uma segunda votação está marcada para 25 de junho, quando entra em ação um sistema de bônus de votos para o partido vencedor que pode dar ao grupo de Mitsotakis a maioria no Parlamento para governar sozinho.

    Os partidos de oposição não têm assentos suficientes para formar uma aliança governista sem envolver o Nova Democracia. Todos os líderes partidários indicaram que não realizarão discussões.

    Tsipras disse em um comunicado televisionado que a principal responsabilidade do Syriza é “impedir as perspectivas de um premiê poderoso e incontrolável” e garantir a presença da esquerda no cenário político da Grécia.

    Antes da eleição, Mitsotakis disse que queria garantir que seu partido obtivesse uma maioria confortável, dizendo que “a experiência nos ensinou na Grécia que governos de partido único são muito mais estáveis do que governos de coalizão”.

    O partido de centro-esquerda Pasok ainda receberá formalmente um mandato para formar um governo de coalizão antes que a presidente nomeie um governo provisório que levará a Grécia a uma segunda votação.

    (Reportagem de Renee Maltezou)

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