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    Brasil se anima com reunião proposta por Dinamarca para discutir paz na Ucrânia

    No entanto, ex-chanceler Celso Amorim vê necessidade também da presença de representantes da Rússia

    Daniel Rittnerda CNN , Em Brasília

    O governo brasileiro avalia positivamente a ideia lançada pela Dinamarca de sediar uma reunião de alto nível em julho para discutir um processo de paz entre Rússia e Ucrânia.

    O ministro dinamarquês das Relações Exteriores, Lars Lokke Rasmussen, sugeriu a realização de uma cúpula no país nórdico para tratar do assunto. Ele mesmo disse ser “necessário” o engajamento da China, da Índia e do Brasil no processo.

    Paralelamente às declarações de Rasmussen, feitas em Bruxelas após encontro do Conselho de Ministros das Relações Exteriores da União Europeia, o Itamaraty foi comunicado da iniciativa dinamarquesa.

    “Se a Ucrânia acha que chegou a hora de fazer essa reunião, seria fantástico. E a Dinamarca obviamente gostaria de sediá-la”, afirmou Rasmussen.

    De acordo com ele, um encontro não deveria contar apenas com aliados da Ucrânia. “É necessário construir interesse e envolvimento de países como Índia, Brasil e China”, acrescentou.

    À CNN, o ex-chanceler Celso Amorim disse que vê como positiva a ideia dinamarquesa e lembra o histórico de mediação dos países escandinavos, como a Noruega, em negociações de paz ou de distensionamento político – como na Colômbia (com as Farc) e na Venezuela (do governo Nicolás Maduro com a oposição).

    No entanto, Amorim vê a necessidade da presença não só da Ucrânia, mas também de representantes da Rússia. “A delicadeza está em saber se os dois lados serão convidados”.

    Para o ex-chanceler, que hoje é chefe da assessoria especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto, o momento atual pode favorecer mais uma reunião de “altos representantes” de países interessados em um processo de paz do que propriamente uma cúpula de líderes – incluindo presidentes e primeiros-ministros.

    Amorim acredita que o envolvimento de um país africano – ele vê a África do Sul como apta a exercer esse papel – também merece ser pensado. Inclusive porque, com isso, levaria todos os membros dos Brics à mesa de negociações.

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