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    Uma maçã por dia reduz o risco de fragilidade em 20%, revela estudo

    Frutas como maçãs e amoras, que contêm flavonoides chamados quercetina, podem ser os mais importantes para a prevenção da fragilidade, de acordo com uma nova pesquisa

    Lucas Rochada CNN , em São Paulo

    A fragilidade é uma condição que favorece o risco de quedas, fraturas, incapacidade, hospitalização e morte. O problema de saúde afeta de 10% a 15% dos idosos. Embora as recomendações para a prevenção se concentrem sobre a ingestão de proteínas, pesquisadores investigam outros alimentos que podem ser benéficos nesse contexto.

    Comer alimentos à base de plantas que contêm compostos chamados flavonoides pode diminuir as chances de desenvolver fragilidade. Frutas como maçãs e amoras, que contêm flavonoides chamados quercetina, podem ser os mais importantes para a prevenção da fragilidade, de acordo com um novo estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition.

    No artigo, os pesquisadores brincam com uma referência a um antigo ditado da língua inglesa “An apple a day keeps the doctor away”, algo como “uma maçã por dia mantém o médico afastado.”

    “Nossas descobertas sugerem que, para cada 10 mg de ingestão de flavonoides por dia, as chances de fragilidade foram reduzidas em 20%. Indivíduos podem facilmente consumir 10 mg de flavonóis por dia, já que uma maçã de tamanho médio contém cerca de 10 mg de flavonoides”, afirmam os autores no estudo.

    Embora não tenha sido observada uma associação significativa entre a ingestão total de flavonoides e a fragilidade, uma maior ingestão do composto foi associada a menores chances de desenvolver o problema.

    Especificamente, a maior ingestão de quercetina teve a associação mais forte com a prevenção da fragilidade. “Esses dados sugerem que pode haver subclasses específicas de flavonoides com maior potencial como estratégia dietética para a prevenção da fragilidade”, disse a coautora Shivani Sahni, pesquisadora do Departamento de Medicina do Beth Israel Deaconess Medical Center, da Escola de Medicina de Harvard, em comunicado.

    Os autores sugerem que pesquisas futuras devem se concentrar em intervenções nutricionais de flavonoides ou quercetina para o tratamento da fragilidade. Estudos complementares também são necessários em participantes etnicamente diversos.

    O estudo utilizou dados do Framingham Heart Study para determinar a associação entre a ingestão de flavonoides e o início da fragilidade. Ao todo, foram incluídos 1.701 indivíduos na análise.

    Segundo a pesquisa, todos os voluntários não apresentavam fragilidade no início do estudo. Eles foram acompanhados por cerca de 12 anos para avaliar o estado da condição. Após o período, 13,2% dos participantes desenvolveram fragilidade. A ingestão total de flavonoides não foi significativamente associada ao início da fragilidade.

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