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    Falências aumentam nos Estados Unidos, sem perspectiva de melhora

    Até agora, mais de 230 empresas pediram falência em 2023, de acordo com os dados mais recentes da S&P Global

    Samantha Delouyada CNN

    Da Vice Media à Bed Bath & Beyond, as falências estão aumentando novamente nos Estados Unidos. Na semana passada, o setor corporativo do país teve seu pior período de 48 horas de falências desde pelo menos 2008, de acordo com a Bloomberg. A comparação nunca é um sinal positivo.

    Até agora, mais de 230 empresas pediram falência em 2023, de acordo com os dados mais recentes da S&P Global, que contabilizaram os números até abril.

    James Gellert, CEO da Rapid Ratings International, uma empresa que avalia a saúde financeira de empresas públicas e privadas, disse que muitas dessas empresas problemáticas têm características semelhantes.

    “Os grandes temas são que eles degradaram a qualidade operacional e têm dívidas insustentáveis”, disse ele. “Essa é a fórmula para a falência neste mercado.”

    As empresas de varejo são algumas das mais atingidas no atual ambiente econômico porque são suscetíveis a mudanças nas compras dos consumidores, disse Gellert. Party City, Tuesday Morning e David’s Bridal são apenas alguns dos varejistas que pediram falência este ano.

    As empresas com balanços mais fracos podem continuar a sofrer durante todo o ano que vem. A taxa de inadimplência corporativa para empresas com menor qualidade de crédito atingirá o pico no início de 2024, disse o Moody’s Investors Service, antes de cair à medida que o crescimento econômico se acelera novamente.

    “Os consumidores descobrirão que algumas marcas são incapazes de manter seus negócios ou precisam mudar seus modelos de negócios”, disse Gellert.

    Ele estima que as empresas voltadas para o consumidor com forte fidelidade do cliente se sairão melhor do que outras.

    Impacto do Fed

    A campanha de aumento de juros do Federal Reserve desempenhou um papel importante no aumento das falências.

    À medida que o Fed aumenta as taxas, as empresas com finanças menos estáveis ​​enfrentam os efeitos adversos de uma “crise de crédito”, uma situação econômica na qual as instituições financeiras restringem os requisitos para obtenção de empréstimos, o que significa que menos empréstimos estão disponíveis. Essas empresas lutam para obter empréstimos; se o fizerem, devem pagar taxas de juros mais altas por eles.

    Apesar do presidente do Fed, Jerome Powell, ter deixado a porta aberta para uma possível pausa após 10 altas consecutivas, a dor ainda não acabou para as empresas endividadas. O aumento das taxas terá um “impacto defasado” nos balanços das empresas, disse o cofundador do Bespoke Investment Group, Paul Hickey.

    “Se você olhar para trás, para a crise financeira, o mercado chegou ao fundo do poço em março de 2009, e ainda havia falências ao longo daquele ano, mesmo quando o mercado estava melhorando”, disse ele.

    “Ainda haverá problemas daqui para frente”, disse ele.

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