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    Com a pandemia, brasileiros buscam limpeza mais caprichada, revela pesquisa

    Pessoas passaram a permanecer mais tempo em casa, o que aumentou a preocupação com a higienização das superfícies

    Lucas Rochada CNN , em São Paulo

    A pandemia de Covid-19 trouxe novos hábitos para sociedades em todo o mundo. Além do uso de máscaras, como medida de prevenção ao coronavírus, as pessoas intensificaram medidas de higienização.

    Especialistas apontam que as chamadas medidas não farmacológicas foram fundamentais durante a pandemia, principalmente na fase anterior à aplicação das vacinas.

    Uma pesquisa sobre hábitos de limpeza antes e durante a pandemia revela que 73% dos brasileiros buscam uma limpeza mais detalhada e com capricho no lugar de faxinas superficiais.

    Por conta de medidas de isolamento social, as pessoas passaram a permanecer mais tempo em casa, o que aumentou a preocupação com a higienização das superfícies. A alta possibilidade de contágio também fez com que a limpeza doméstica ganhasse ainda mais espaço na vida das pessoas, segundo o levantamento.

    Foram realizadas 1.013 entrevistas, a partir de uma metodologia quantitativa online, com painel de internautas. A amostra foi composta de homens e mulheres, das classes ABC, com idade entre 25 a 60 anos e residentes em todas as regiões do Brasil.

    Limpeza pesada

    Além de um desafio particular no âmbito da convivência, concentrando mais indivíduos debaixo do mesmo teto, o isolamento social impôs o desafio da manutenção e da higienização dos cômodos.

    A pesquisa apontou, por exemplo, que quase 40% da população (36%) passou a realizar limpeza pesada pelo menos duas vezes na semana durante a pandemia, demonstrando os efeitos de estar mais tempo dentro de casa e a busca por hábitos de higiene mais rigorosos como forma de prevenção ao coronavírus.

    Se, por um lado, 73% dos brasileiros fazem questão de uma limpeza mais detalhada, ao considerar o futuro da limpeza, 70% esperam que, com a tecnologia, produtos e equipamentos facilitem cada vez mais a limpeza doméstica, demonstrando como o ganho de tempo e a praticidade são expectativas pontuais no cuidado do lar.

    À medida que as pessoas ficaram isoladas dentro de casa, a deterioração deste espaço, do ponto de vista da limpeza doméstica, passou a ser mais rápida. Isso intensificou a frequência da limpeza considerada mais pesada, que geralmente requer o uso de mais equipamentos.

    Esse contexto ajuda a explicar por que mais de um terço dos brasileiros (41%) compraram efetivamente algum tipo de utensílio durante a pandemia. A pesquisa itens como mops (20%), aspirador vertical (17%), lavadora de roupa inteligente (8%), robô aspirador (6%), máquina de lavar louça (6%), por exemplo.

    Os resultados indicam uma população que busca manter a casa sempre limpa, sem deixar de lado a praticidade, valorizando a economia de tempo. Perguntados sobre as principais características que buscam durante a limpeza doméstica, 45% responderam priorizar a rapidez.

    O levantamento aponta um expressivo crescimento do uso de produtos complementares que sugerem deixar as superfícies livres de vírus e bactérias. Em se tratando de panos, 75% dos brasileiros afirmaram usar panos diferentes por ambiente da casa, e o reutilizável descartável ganhou destaque para um quarto dos brasileiros em áreas molhadas, como banheiro e cozinha, por serem ambientes que exigem maior assepsia.

    A pesquisa revelou ainda que quase metade (49%) dos brasileiros acreditam que limpar a casa é um gesto de autocuidado. Antes da pandemia, a preocupação com o cuidado da casa já fazia parte da rotina das pessoas, sendo a higiene considerada um traço cultural da população.

    O levantamento foi desenvolvido pela Kimberly-Clark, por meio da marca Scott Duramax, em parceria com a consultoria Grimpa.

    “Essa pesquisa nos mostra como a população está enxergando e lidando com a higienização dos lares atualmente, em consequência de uma mudança na própria relação com a casa, e deixa mais do que claro que essas transformações vieram para ficar. Com novas necessidades, como ter um escritório em casa, e passando mais tempo dentro dela, as pessoas intensificaram certos cuidados que antes, talvez, não eram tão evidenciados”, comenta Bruno Sparapani, gerente executivo de marketing da Kimberly-Clark.

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