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    CPMI dos atos de 8 janeiro deve ser instalada na próxima semana, diz Pacheco

    Pedido para criação da comissão já foi lido durante sessão do Congresso, mas instalação ainda não foi marcada

    Caroline Rositoda CNN , em Brasília

    O presidente do Congresso Nacional e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quinta-feira (18) que deve ser instalada na próxima semana a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os atos criminosos de 8 de janeiro contra as sedes dos Três Poderes em Brasília.

    Pacheco foi questionado sobre o assunto na chegada ao Senado e afirmou que instalação pode ocorrer entre a próxima terça-feira (23) ou quarta-feira (24). O requerimento para criação da CPMI foi lido durante sessão do Congresso, em 26 de abril. No entanto, a comissão mista não foi instalada.

    A expectativa é para que, ainda nesta quinta, o presidente do Senado designar os parlamentares que farão parte da comissão. Com o mínimo de indicados, Pacheco pode fazer o comunicado a senadores e deputados e abrir caminho para a eleição do presidente do colegiado, bem como a escolha do relator. Feito isso, a comissão pode iniciar os trabalhos.

    Nos últimos dias, o presidente do Congresso relatou a interlocutores que passou a sofrer ataques de parlamentares defensores da comissão por estar, supostamente, “boicotando ou atrasando” a instalação da CPMI. Pacheco tem dito a aliados que aguarda a indicação de membros por líderes partidários para cumprir o rito regimental e liberar a instalação.

    Nos bastidores, senadores da oposição afirmam que a demora tem, como pano de fundo, uma pressão de governistas que temem que as investigações contra a suposta omissão de agentes públicos possa prejudicar integrantes do governo.

    Após reunião de líderes, nesta quinta, senador Jorge Seif (PL), indicado suplente do colegiado pelo partido, defendeu a investigação de pessoas envolvidas no esquema de segurança, no dia dos ataques.

    “Com as recentes imagens reveladas pra CNN, o depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Gonçalves Dias, creio que essas questão já deram clareza muito grande das certezas de omissões dolosas ou culposas. Houve sem dúvida omissões e houve sim um aviso por parte da PM [Polícia Militar do Distrito Federal], por parte da Abin que poderia haver uma depredação”, afirmou o senador.

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