Governo Lula faz publicação em alusão a PowerPoint de Deltan Dallagnol
Em 2022, o ex-procurador da República foi condenado pelo STJ a indenizar o presidente pela apresentação de slides
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais para fazer uma alusão ao “PowerPoint do Lula”, no qual o ex-procurador da República Deltan Dallagnol apontava que o mandatário estaria envolvido em casos de corrupção.
A apresentação foi feita em 2016, em entrevista coletiva pela então força-tarefa da Operação Lava Jato. Na oportunidade, Dallagnol apresentou alguns slides em PowerPoint que explicariam o teor da primeira denúncia contra Lula, envolvendo o triplex no Guarujá (SP).
No Twitter, o perfil do governo brasileiro publicou uma imagem de uma apresentação de slides para celebrar feitos da gestão, fazendo referência ao episódio de 2016.
O Governo segue trabalhando para melhorar a vida da população, com programas como o Brasil Sorridente, Mais Médicos, Bolsa Família, entre outras conquistas.
Temos convicção de que ainda temos muito trabalho pela frente, é só o começo da união e reconstrução de um Brasil melhor 🇧🇷 pic.twitter.com/JapFLv0W1j— Governo do Brasil (@govbr) May 17, 2023
Em março de 2022, a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou Dallagnol a indenizar Lula por conta da denúncia feita pela Lava jato contra o petista. Por 4 votos a 1, os ministros consideraram que ficou caracterizado o dano moral por parte do ex-procurador da República contra o presidente.
Na última terça-feira (16), Dallagnol perdeu o mandato de deputado federal após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) invalidar o registro de sua candidatura. A decisão da Corte foi unânime.
Os ministros do TSE julgaram um recurso apresentado pela federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV) no Paraná e pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN) que chegou à Corte no final de janeiro.
Em entrevista coletiva na quarta-feira (17), Dallagnol afirmou que o TSE fraudou a lei e a Constituição para puni-lo. Ele ainda pode recorrer com embargo ao próprio TSE e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
(Publicado por Lucas Schroeder, com informações de Douglas Porto e Gabriel Hirabahasi)