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    Bolsas da Europa fecham em baixa, após CPI da zona do euro e com riscos à economia global

    Índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,18%, a 463,88 pontos

    Matheus Andrade, do Estadão Conteúdo

    As bolsas da Europa fecharam na maioria em baixa nesta quarta-feira (17) em uma sessão na qual a leitura do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro seguiu dando perspectivas de uma continuidade na alta de juros pelo Banco Central Europeu (BCE). Além disso, investidores seguem observando uma série de riscos à economia global, desde a possibilidade de recessão a um eventual calote do governo dos Estados Unidos.

    O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,18%, a 463,88 pontos.

    A Eurostat confirmou nesta quarta que a taxa anual do CPI da zona do euro acelerou levemente em abril, a 7%, como havia sido estimado há cerca de duas semanas.

    Para a Capital Economics, os últimos dados mostraram que tanto o índice cheio quanto seu núcleo pouco se alteraram em abril e que, embora o núcleo da inflação de bens tenha começado a cair, a inflação de serviços atingiu nível recorde.

    Nesse contexto, a consultoria britânica acredita que o BCE provavelmente elevará suas principais taxas de juros em mais 25 pontos-base por vez na reuniões de junho e julho.

    No Reino Unido, o presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, reiterou em discurso que o BC inglês irá ajustar seus juros conforme for necessário, uma vez que a inflação no país segue muito acima da meta oficial de 2%. Em Londres, o FTSE 100 fechou em baixa de 0,36%, aos 7.723,23 pontos.

    Já o Commerzbank divulgou balanço trimestral melhor do que o esperado, mas decepcionou nas projeções para o ano. Embora o segundo maior banco alemão tenha elevado sua previsão de receita com juros para 2023, de 6,5 bilhões de euros para 7 bilhões de euros, o número ficou abaixo da expectativa de analistas.

    Em Frankfurt, a ação do Commerzbank amargou queda de 3,80%. Na mesma cidade, o DAX subiu 0,34%, a 15.951,30 pontos.

    Para a Oxford Economics, as ações da zona do euro se beneficiaram de um declínio nos preços da energia e com a reabertura da China, mas as valuations das empresas não são mais baratas e os dados da atividade doméstica começaram a decepcionar.

    “A composição setorial da região significa que ela é relativamente vulnerável à iminente desaceleração global”, avalia.

    Quanto à chance de default nos EUA, na terça, o presidente norte-americano, Joe Biden, e líderes do Congresso encerraram mais uma rodada de conversas sem um acordo para a elevação do teto. Para se concentrar no diálogo, Biden decidiu adiar uma viagem à Oceania.

    Em Paris, o CAC 40 caiu 0,09%, a 7.399,44 pontos. Em Milão, o FTSE MIB recuou 0,01%, a 27.196,46 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve queda de 0,29%, a 6.089,96 pontos. Em contrapartida, em Madri o IBEX 35 avançou 0,16%, a 9.206,10 pontos.

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