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    PF prende suspeito de trocar etiquetas em bagagens no aeroporto de Guarulhos

    Segunda fase da operação Iraúna, da PF de Goiás, mira terceirizados investigados no esquema

    Elijonas MaiaAnne Barbosada CNN , Em Brasília e São Paulo

    A Polícia Federal (PF) deflagrou, nas primeiras horas desta quarta-feira (17), a segunda fase da operação Iraúna, que investiga uma organização criminosa suspeita de trocar etiquetas de bagagens no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).

    Foram expedidos dois mandados de prisão. Destes, um foi cumprido. Trata-se de um operador de rampa, funcionário terceirizado do Aeroporto Internacional de Guarulhos. A outra pessoa não foi localizada e está foragida. Houve ainda seis mandados de busca e apreensão na casa de suspeitos.

    Segundo a PF, os mandados judiciais de hoje envolvem quatro funcionários terceirizados do aeroporto de Guarulhos, investigados por possível relação com o tráfico internacional de drogas.

    Durante a primeira fase da operação, deflagrada no dia 4 de abril, seis funcionários terceirizados do aeroporto de Guarulhos foram presos. Eles são acusados de envolvimento na troca das etiquetas das bagagens de duas brasileiras vítimas do golpe. As duas embarcaram numa viagem internacional de férias e acabaram presas na Alemanha.

    A investigação é da PF em Goiás, estado das brasileiras vítimas do golpe, e conta com apoio da PF no aeroporto de São Paulo.

    Relembre o caso

    No início de março, Jeanne Paolini e Kátyna Baía tiveram as etiquetas das bagagens trocadas por malas com drogas, sendo detidas quando chegaram ao aeroporto de Frankfurt, na Alemanha.

    O casal ficou preso por um mês e descreveu o ambiente como “desesperador”, segundo informou a advogada que as representa, Luna Provázio Lara de Almeida.

    Segundo apuração da PF, ambas saíram do aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia (GO), fazendo escala no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

    Porém, neste segundo local tiveram as etiquetas trocadas por um grupo criminoso com malas carregadas de drogas.

    A liberação das duas ocorreu após a PF e o Ministério da Justiça e Segurança Pública enviarem às autoridades alemãs as provas da inocência das passageiras goianas.

    Reforço na segurança

    Há duas semanas, a CNN mostrou que após a ampla repercussão do caso das duas brasileiras presas na Alemanha, por conta de etiquetas de malas trocadas por bagagem com drogas no Aeroporto de Guarulhos (SP), as companhias aéreas vão colocar em prática um plano para aumentar a segurança aos passageiros.

    A questão é de responsabilidade das companhias aéreas, segundo informou a GRU Airport, concessionária que cuida do aeroporto. As empresas aéreas contratam terceirizadas que fazem a parte do despacho das malas na área restrita.

    De acordo com apuração da CNN, as companhias devem rever a forma de contratação das empresas terceirizadas e aumentar o rigor em relação aos terceirizados, além de aumentar a fiscalização, principalmente com as câmeras em pontos-cegos, onde não há câmera e que seria usada para trocas de etiquetas

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