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    Ibovespa fecha em queda de 0,77% com marco fiscal e Petrobras no radar; dólar sobe a R$ 4,94

    Na ponta negativa, ações do Magazine Luiza derretem 22,8% após prejuízo acima do esperado no primeiro trimestre

    Da CNN

    O Ibovespa fechou no campo negativo nesta terça-feira (16), com investidores discutindo a apresentação do relatório do novo marco fiscal ao Congresso e analisando os impactos do fim da paridade internacional de preços anunciada pela Petrobras.

    O principal indicador da bolsa brasileira fechou o pregão com queda de 0,77%, aos 108.193 pontos. O resultado interrompe a sequência de oito sessões de valorização.

    O dólar seguiu o caminho oposto e encerrou com salto de 1,08%, negociado a R$ 4,941 na venda. O movimento reflete a valorização da moeda norte-americana no exterior, além da percepção de que a nova política da Petrobras pode frear a inflação, e, consequentemente, reduzir o diferencial de juros entre o Brasil e o mercado global.

    A manhã desta terça-feira já indicou que o dia seria agitado para o mercado, com três assuntos dominando algumas das principais frentes do noticiário econômico: política econômica, cena empresarial e macroeconomia.

    O primeiro deles diz respeito à nova regra fiscal do país. Por volta das 9h da manhã, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA), relator do projeto na Câmara, apresentou seu parecer aos parlamentares e anunciou que o texto do arcabouço será votado na Casa no próximo dia 24 de maio.

    Ao apresentar o relatório final e as mudanças realizadas no texto apresentado pelo Ministério da Fazenda, Cajado ainda disse que o novo marco terá uma meta de déficit zero em 2024, o que exigirá uma arrecadação de R$ 120 bilhões.

    Segundo apuração da repórter da CNN, Tainá Farfan, o PT fez um acordo para não apresentar emendas ao texto e, em troca, Cajado deixou o salário mínimo e o Bolsa Família de fora das regras de contenção de gastos. O texto do relator ainda traz sanções para os governos que não cumprirem as novas regras.

    Petrobras sobe, Magazine Luiza derrete

    Ainda nesta manhã, na cena empresarial, a Petrobras anunciou o fim da política de paridade internacional de preços do petróleo e combustíveis derivados, conforme adiantou a analista de economia da CNN, Raquel Landim, ontem à noite.

    A política — que alinha os preços locais aos internacionais — foi adotada durante o governo Michel Temer (MDB). Pela regra vigente, as oscilações externas refletiam direta e automaticamente no mercado interno. Desde a campanha eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promete uma mudança nessa referência.

    Segundo informou a estatal em fato relevante, “os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

    A “nova estratégia comercial” — cuja premissa é tornar os preços mais competitivos — usará duas referências do mercado: o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e o valor marginal para a Petrobras.

    O movimento deu fôlego para o avanço dos papéis da estatal, que figuraram entre as maiores altas do dia. As ações preferenciais (PETR4) encerraram o dia com alta de 2,73%, enquanto as ordinárias (PETR3) subiram 2,24%.

    Na ponta oposta, as ações do Magazine Luiza (MGLU3) derreteram 22,83%, liderando com folga a ponta de baixo do pregão. O resultado reflete o prejuízo de R$ 309,4 milhões no primeiro trimestre deste ano, bastante acima da perda de R$ 175,1 milhões esperada pelo mercado.

    O resultado decepcionante da varejista ocorre em meio ao crescimento das despesas financeiras e o aperto da taxa de juros, que reflete diretamente no poder de compra da população.

    Serviços sobem

    Falando de macroeconomia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados sobre o setor de serviços do país, que, em março, avançou 0,9% na comparação com fevereiro.

    Com isso, o primeiro trimestre do ano fechou com alta acumulada de 5,9% ante o mesmo período do ano passado. Nos 12 meses até aqui, o índice perdeu força e passou de 7,4%, de fevereiro, para 7,4% em março.

    Assim como em fevereiro, o setor de transporte se destacou como a principal influência positiva em março. O grupamento cresceu 3,6%, acumulando um ganho de 7% nos últimos 12 meses.

    No último pregão, o dólar fechou com queda de 0,67%, negociado a R$ 4,889 na venda, o menor patamar desde 7 de junho, quando encerrou em R$ 4,874.

    O Ibovespa, por sua vez, encerrou o dia com alta de 0,52%, aos 109.902 pontos.

    Publicado por Tamara Nassif. Com informações da Reuters.

     

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