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    Sueca vence pela 2ª vez o Eurovision, competição musical mais assistida no mundo

    A cantora Loreen foi a segunda artista da história a ganhar o festival por duas vezes; ela já havia levado o prêmio em 2012

    Rob Pichetada CNN

    A sueca Loreen venceu o Festival Eurovision de Música pela segunda vez, uma vitória histórica em um show realizado em Liverpool, Reino Unido, em nome da Ucrânia.

    Ela se tornou a segunda artista a vencer a competição mais de uma vez, conquistando a vitória com a canção pop “Tattoo” e consolidando seu legado no concurso musical mais assistido no mundo, com um público estimado em 160 milhões de espectadores.

    Na edição deste ano, o representante da Finlândia ficou na segunda posição, e o de Israel, em terceiro.

    Loreen já havia vencido o concurso em Baku em 2012, com seu hit “Euphoria”, que mudou sua carreira. Sua última vitória fez a Suécia empatar com a Irlanda com o maior número de vitórias na competição, com sete prêmios — 50 anos depois que o ABBA venceu com “Waterloo”, momento que os levou ao estrelato.

    A artista sueca contou que não havia pensado em participar do concurso até ouvir qual seria sua música. “Quando ouvi ‘Tattoo’, ainda antes de me falarem do Melodifestivalen (a seleção sueca que escolhe o representante no Eurovision), senti um misto de prazer e terror. Sabia que algo estava acontecendo.”

    O show foi realizado na Grã-Bretanha, primeira vez em mais de duas décadas, depois que o país — que ficou em segundo lugar no ano passado — assumiu as funções de anfitrião em nome da Ucrânia, vencedora de 2022. No ano que vem, a premiação acontecerá na Suécia.

    O Reino Unido fez um show comovente que homenageou os refugiados pela guerra e celebrou a música de ambos os países. Mas, um pedido do presidente Volodymyr Zelensky para falar sobre o show, foi rejeitado, disseram os organizadores na sexta-feira (12).

    A dupla eletrônica da Ucrânia, Tvorchi, terminou em sexto lugar, enquanto a Grã-Bretanha voltou à sua posição tradicional na parte inferior da tabela de classificação, ocupando o 25º colocação — penúltimo lugar.

    Segundo prêmio

    A cantora da Suécia, Loreen, disse à CNN, antes da final, que sua primeira vitória foi um dos momentos mais importantes da vida.

    “Antes de ‘Euphoria’, eu era uma artista lutando para encontrar meu caminho”, disse ela. “É como um lar para mim, a comunidade do Eurovision, é um espaço seguro.”

    Mas, ela teve que vencer a forte concorrência do rapper finlandês Käärijä, cujas performances enérgicas de “Cha Cha Cha” ao longo da semana encantaram os fãs e fizeram dele um forte candidato ao título.

    Os cinco primeiros foram completados por Israel, Itália e Noruega.

    A sueca é a primeira mulher a vencer o concurso duas vezes. Apenas Johnny Logan, da Irlanda, levou o festival duas vezes.

    “Parece uma loucura. Isso é tão surreal, cara, estou feliz e agradecido, sou grata a todos vocês que votaram em mim”, disse ela depois que sua vitória foi anunciada.

    “A única coisa que sinto agora é muito amor. Nem em meus sonhos mais loucos eu pensei que isso iria acontecer.”

    Na cidade anfitriã de Liverpool, fãs do Eurovision sem ingressos lotaram os locais para assistir ao show em telões. Muitos deles estavam agitando bandeiras ucranianas.

    Fãs do Eurovision se reúnem em Liverpool para assistir à final do festival / Cameron Smith/Getty Images

    O governo britânico disponibilizou três mil passagens com desconto esta semana para os refugiados da Ucrânia.

    O Eurovision é um festival considerado excêntrico, e o show deste ano fez jus ao faturamento com uma série de apresentações fortes de 26 finalistas.

    Também projetou a cidade portuária de Liverpool — a casa dos Beatles — para o mapa cultural do continente.

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