Nicarágua anuncia dissolução da Cruz Vermelha
Decisão da Assembleia Nacional transforma a entidade internacional em um órgão vinculado ao Ministério da Saúde, sob acusações de "parcialidade" e irregularidades contábeis
A Assembleia Nacional da Nicarágua informou nesta quarta-feira (10) que aprovou a revogação do decreto 357, pelo qual a Cruz Vermelha foi criada em 1958, e ao mesmo tempo promulgou uma lei que dá vida a um sucessor legal daquela instituição, mas agora vinculado ao Ministério da Saúde.
Durante a exposição de motivos do decreto, apresentada pelos legisladores, foi destacado que a Cruz Vermelha transgrediu as suas regras por não ter agido de forma neutra e imparcial durante as manifestações contra o regime em 2018. Este dia foi descrito pelo Governo como um Golpe de Estado fracassado, conforme noticiado pela mídia oficial El 19 digital.
Por outro lado, os legisladores indicaram que a Cruz Vermelha não apresentou as demonstrações financeiras e não verificou a identidade de seus doadores, além de não ter o registro do Ministério do Interior atualizado.
Na nova lei, o Estado confisca todos os bens da Cruz Vermelha e passam para a administração desta nova entidade descentralizada dependente da Saúde.
A CNN solicitou uma reação da Cruz Vermelha Internacional, sem resposta ainda.