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    Armênia e Azerbaijão voltam a se enfrentar na fronteira

    Os dois países trocam acusações sobre quem teria violado o acordo de paz assinado em 2020 e alegam que têm agido apenas em legítima defesa; governo azeri bloqueou acessos armênios para Nagorno-Karabakh 

    Jake Cordellda Reuters , Tbilisi, Geórgia

    Armênia e Azerbaijão trocaram acusações após confrontos a tiros em uma área de fronteira nesta quinta-feira (11), onde autoridades azeris afirmam que um de seus soldados foi morto.

    Os embates ocorrem em meio a uma intensificação das negociações diplomáticas entre os dois rivais do sul do Cáucaso, com o objetivo de impedir outro conflito total sobre a disputada região de Nagorno-Karabakh.

    O enclave é reconhecido internacionalmente como parte do Azerbaijão, mas é habitado principalmente por armênios étnicos e tem sido foco de disputa há décadas.

    No mês passado, Baku instalou um posto de controle no início do Corredor Lachin — a única rota rodoviária que liga a Armênia a Karabakh — em um movimento que Yerevan disse ser uma “violação grosseira” de um acordo de cessar-fogo intermediado pela Rússia em 2020.

    No confronto desta quinta-feira, o mais recente de uma série de combates na fronteira, os dois lados disseram que agiam em legítima defesa e acusaram o outro de atirar primeiro.

    O Azerbaijão disse que as forças armênias realizaram uma “provocação deliberada” e mataram um soldado azeri.

    O Ministério da Defesa da Armênia disse que quatro de seus soldados ficaram feridos depois que o Azerbaijão bombardeou suas posições perto da vila de Sotk em sua fronteira compartilhada.

    O primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, disse que o incidente foi uma tentativa do Azerbaijão de interromper as negociações de paz em andamento entre os lados.

    Os ministros das Relações Exteriores dos dois países se reuniram em Washington para quatro dias de negociações no início de maio, que não renderam um avanço. Pashinyan deve se encontrar com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, em Bruxelas, em 14 de maio, para discussões mediadas pela União Europeia com o objetivo de diminuir as tensões.

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