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    Esquema de apostas: Justiça aceita nova denúncia do MP, e mais cinco jogadores se tornam réus

    Nove pessoas são investigadas por "dar ou prometer vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim de alterar ou falsear o resultado de uma competição desportiva"

    Leonardo Parrelada Itatiaia

    A Justiça de Goiás acatou nova denúncia oferecida pelo Ministério Público do estado (MP-GO) no âmbito da Operação Penalidade Máxima II, que investiga a manipulação de resultados no futebol com o envolvimento de jogadores e intermediários.

    Agora, os 17 citados são réus e têm um prazo de dez dias para responder as acusações. Desses, cinco são atletas profissionais. A decisão é da 2ª Vara Estadual de Repressão ao Crime Organizado e à Lavagem de Capitais do Estado de Goiás.

    Em 16 de março, a Justiça do estado de Goiás já havia aceitado a denúncia da primeira fase da mesma operação.

    Além de acatar a denúncia nesta terça-feira (9), a Justiça manteve a prisão preventiva dos seguintes denunciados:

    • Bruno Lopez de Moura (apontado como chefe do esquema)
    • Thiago Chambó Andrade (aliciador/intermediário)
    • Romário Hugo dos Santos (ex-jogador e também aliciador)

    Os três, presos no estado de São Paulo, tiveram pedido de transferência para Goiás.

    A nova denúncia do MP-GO

    Nove pessoas são investigadas por “dar ou prometer vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim de alterar ou falsear o resultado de uma competição desportiva”. Efetivamente, são as pessoas que abordaram os jogadores oferecendo valores para cometer pênalti ou ser punido com cartão. A pena de reclusão vai de dois a seis anos e multa.

    Os atletas que se tornaram réus são:

    • Eduardo Bauermann (Santos)
    • Victor Ramos (à época na Portuguesa)
    • Igor Carius (à época no Cuiabá)
    • Paulo Miranda (à época no Juventude)
    • Fernando Neto (à época no Operário-PR)

    Todos teriam negociado valores para participar do esquema.

    Outros quatro jogadores colaboraram com as investigações e não foram denunciados pelo MP-GO.

    Onitlasi Moraes Rodrigues Júnior (à época no Juventude), Kevin Lomónaco (Bragantino), Nikolas Santos de Farias (Novo Hamburgo) e Emilton Pedroso Domingues (Inter de Santa Maria) receberam valores e concordaram com a manipulação, mas auxiliaram o órgão público nas investigações.

    Procurado pela CNN, o advogado Ralph Fraga, que defende Bruno Lopez, optou por não se manifestar em relação à denúncia feita pelo MP.

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