Ex-número 2 da Saúde em trama golpista, ata do Copom e mais de 9 de maio
Mensagens obtidas pela CNN colocam o coronel do Exército, funcionário de confiança do governo Bolsonaro, ex-número 2 do Ministério da Saúde e assessor da Casa Civil, no centro da conspiração
As mensagens obtidas pela âncora da CNN Daniela Lima que expuseram o ex-número 2 do Ministério da Saúde coronel Elcio Franco envolvido em uma tentativa de golpe de Estado, e a expectativa para divulgação da ata da reunião do Copom estão entre os destaques desta terça-feira (9).
Áudio revela coronel Elcio Franco em trama golpista
O coronel Elcio Franco não só sabia, como deu sugestões de como mobilizar 1,5 mil homens para uma intentona golpista. Élcio, em conversa com o ex-major, Ailton Barros, que está preso, relatou o temor do então comandante do Exército de ser responsabilizado por uma eventual tentativa de golpe.
Nos diálogos, fica evidente que Ailton e seu grupo pensaram até em suplantar a autoridade do então comandante Freire Gomes, usando o Batalhão de Operações Especiais do Exército.
A documentação faz parte do inquérito que embasa a prisão do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. Também embasa a prisão de Ailton Barros, ex-major que circulava pela cúpula do Palácio do Planalto.
Sem dar sinal para corte de juros, BC divulga ata sobre decisão nesta terça (9)
A ata é o relatório que o Copom divulga sempre na semana seguinte à decisão da Selic e em que detalha o cenário econômico e as razões consideradas. Ela complementa o comunicado que o colegiado já publica logo após anunciar os novos juros, no mesmo dia.
Aguardada, a ata desta semana vem depois de um comunicado que, apesar de algumas suavizações pontuais, manteve a essência dura e cautelosa que o BC tem carregado há meses em suas decisões e declarações em relação à inflação e aos juros.
Com isso, jogou um balde de água fria sobre as expectativas que chegaram a se formar de que os primeiros cortes na Selic poderiam ser adiantados ainda para o primeiro semestre, à vista de sinais como uma inflação mais fraca, uma desaceleração na economia e, também, restrições já visíveis no mercado de crédito.
Governo Lula inicia reuniões em busca de votos no Congresso
No episódio mais recente, Lula irritou os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao levar o assunto da privatização da Eletrobras para a Justiça.
Em entrevista exclusiva à CNN, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu a ação do governo no Supremo Tribunal Federal (STF), que tenta mudar regras da privatização da Eletrobras.
O que a medida busca é restabelecer os direitos políticos da União. Entretanto, isso não impede que continuem as discussões dentro do governo sobre a possibilidade de discutir juridicamente até mesmo a privatização.
Após 25 anos, STF marca julgamento que pode alterar demissão sem justa causa
O processo, iniciado em 1997, estava parado desde outubro do ano passado, após pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. Os ministros podem decidir se houve a incorporação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) nas leis brasileiras.
Pela convenção, é obrigatório ao empregador, assim como no serviço público, justificar o motivo pelo qual está demitindo o empregado. De acordo com a regra, a “demissão sem justa causa” seria proibida, como existe no serviço público. O dono do negócio seria obrigado a manter o empregado, ainda que não se enquadre no perfil do cargo que está exercendo.
STF julga quarto bloco de denúncias pelos atos do 8 de janeiro
Este é o quarto bloco de denúncias analisadas pela Corte, que já tornou réus 550 pessoas pelo caso. O julgamento se dá no plenário virtual, em sessão que vai até 15 de maio. No formato, não há debate entre os ministros, que depositam seus votos em um sistema eletrônico.
Nesta última leva de julgamento, foram colocadas em pauta 25 denúncias contra investigados suspeitos de serem os executores dos ataques, que culminaram com a invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
As outras 225 denúncias que serão analisadas foram apresentadas contra investigados no inquérito que mira os instigadores dos atos. Os denunciados foram presos no dia 9 de janeiro, em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. As denúncias foram feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
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* Publicado por Léo Lopes