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    Ministro quer propor responsabilização penal de estabelecimentos onde há agressão de negros

    Ministro, que participou de comissão em 2020 do Carrefour com medidas antirracistas, reage a novo caso de violência contra casal negro em loja da rede de supermercado, em Salvador

    Basília Rodrigues

    O ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida, decidiu propor uma série de medidas para coibir a violência a negros em estabelecimentos comerciais, após novos episódios de agressão em loja da rede Carrefour.

    Entre as sugestões, há a responsabilização penal das empresas, o que dependeria de aprovação de lei no Congresso.

    Almeida irá se reunir nesta tarde com a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Luiziane Lins. De acordo com auxiliares, o ministério também irá acionar o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura sobre o que ocorreu no Carrefour.

    Além disso, a pasta preparou ofícios para mobilizar Ministério da Justiça e Polícia Federal a discutirem a regulamentação das empresas de segurança no país.

    As medidas vêm após um casal negro ser agredido por seguranças de uma unidade do supermercado, em Salvador, por supostamente furtar latas de leite.

    O Carrefour divulgou que afastou a equipe de prevenção e rescindiu o contrato com a fornecedora de seguranças.

    A interlocutores, nesta segunda-feira (8), Almeida defendeu que empresas onde casos do tipo ocorrem já sabem o que deve ser feito para evitar novos episódios.

    Como advogado e militante da luta racial, Almeida integrou, em 2020, um comitê externo antirracista do Carrefour.

    O ano foi marcado por forte desaprovação popular e coincidiu com a mobilização global pela morte de George Floyd, assassinado em abordagem policial nos Estados Unidos.

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