Jogador do CSA diz que torcedora do Ypiranga o chamou de macaco na Série C
Tomas Bastos fez a denúncia a árbitro, que interrompeu o jogo como manda protocolo; mulher foi identificada e B.O. registrado
O meia Tomas Bastos, do CSA-AL, disse ter sido chamado de “macaco” por uma torcedora durante o jogo entre seu time e o Ypiranga-RS, em Erechim, neste domingo (7), pela Série C do Campeonato Brasileiro — que terminou empatado por 1 a 1.
O árbitro Luiz Augusto Silveira Tisne-SC relatou a denúncia na súmula da partida e a mulher foi encaminhada para a delegacia. No Boletim de Ocorrência registrado às 17h51 foi relatado que o delegado da partida, Paulo Ricardo Machado Santos, comunicou à polícia do ocorrido, enquanto o árbitro paralisou a partida para identificação da mulher. Ela foi levada à delegacia, ouvida e depois liberada.
Segundo Tomas Bastos, ele se preparava para cobrar um escanteio e ouviu da mulher, identificada no B.O. apenas como Gabriela, “vai logo, macaco”. Imediatamente Tomas Bastos se dirigiu ao árbitro, que seguiu o protocolo determinado pela Fifa nesses casos: paralisar o jogo e tentar identificar o suspeito pela injúria racial.
Na súmula da partida, o árbitro Luiz Augusto Tisne escreveu que “aos 37 minutos do primeiro tempo, fui informado pelo atleta de nº 08, o sr. Tomas Almino Bastos da Silva, da equipe do csa, que ele havia sido chamado de macaco por uma torcedora do Ypiranga localizada na arquibancada próxima à torcida organizada. De acordo com o atleta, a torcedora proferiu a seguinte frase: “vai logo, macaco”, quando este estava buscando a bola perto da arquibancada para cobrar o escanteio. O jogo ficou paralisado por 02 minutos para identificação da torcedora pela brigada militar e pelo atleta do CSA. Foi realizado boletim de ocorrência policial, sob número 4935 / 2023 / 151306. Relato que nenhum integrante da equipe de arbitragem ouviu o insulto e que o jogo foi paralisado, em função da reclamação do atleta. Nada mais a relatar”.
Em nota, a direção do CSA condenou o ocorrido e que lamenta que fatos assim continuem a ocorrer em estádios brasileiros. O Ypiranga ainda não se pronunciou, mas pode ser denunciado pela procuradoria do STJD (Superior Tirbubal de Justiça Desportiva) e, caso seja punido, jogar partidas como mandante sem torcida e ser multado.